O vereador Dorivaldo Kist, o Neco (União Brasil) foi condenado pela Vara Criminal de Marechal Cândido Rondon a 3 anos e 3 meses de reclusão por crimes de concussão. A decisão veio após acusações do Ministério Público, que afirmou que o vereador indicou uma funcionária para trabalhar na área da saúde em 2017, exigindo dela valores mensais como "contraprestação" pela indicação, em um esquema popularmente conhecido como "rachadinha".
De acordo com a denúncia, a funcionária era obrigada a repassar uma parcela do seu salário ao vereador. O caso veio à tona através de gravações que foram entregues à Promotoria de Justiça. As evidências foram consideradas suficientes para embasar a sentença contra Kist.
Além do tempo de reclusão, a sentença determina que o vereador cumpra 1.404 horas de prestação de serviços à comunidade e efetue o pagamento de dez salários mínimos. O Ministério Público salienta que a decisão foi baseada em "fartas provas" que apontaram para a prática dos crimes pelo parlamentar.
Em função deste mesmo episódio, tramita no Tribunal de Contas do Paraná, uma ação que pede a aplicação de multa e inelegibilidade ao vereador Neco, como também envolvendo o então secretário de Governo, Walmor Mergener, e, inclusive, o prefeito Marcio Rauber. O pedido foi baseado nas alegações de compra de apoio político em troca da nomeação de cargos comissionados.