
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) celebrou na noite desta quinta-feira (11) a formatura de 555 novos integrantes para seu quadro de servidores. Em evento realizado no Teatro Positivo, em Curitiba, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior, 442 agentes de polícia judiciária, 36 papiloscopistas e 77 delegados finalizaram oficialmente o Curso de Formação Técnico Profissional na Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), que teve duração de 18 semanas. Esse grupo, que fez parte da maior contratação da história da PCPR, anunciada em agosto, agora passa a reforçar as unidades da instituição em todo o Estado.
“É um dia de vitória para os formandos e familiares, mas também para todos os paranaenses. Para chegar a esse bom momento da segurança pública, tivemos muito trabalho e muitos enfrentamentos, mas conseguimos organizar as carreiras, triplicar os investimentos e hoje contamos com a melhor segurança pública do Brasil, fruto do trabalho incansável de milhares de policiais civis, militares e todas as demais forças de segurança”, disse o governador.
Ele também descreveu o processo de reestruturação da Polícia Civil. Um dos desafios foi a retirada de cerca de 14 mil presos que estavam em delegacias, prejudicando a atuação dos policiais civis, que deixavam de cumprir suas funções para cuidar das cadeias. Ratinho Junior disse que foram construídos 10 presídios em dois anos e que a Polícia Penal foi criada justamente com a finalidade de gerenciar esses presos, liberando policiais civis para novas investigações.
“Nós também reestruturamos a carreira, fizemos a maior contratação da história e temos delegados e equipes em todas as comarcas conduzindo operações, investigações e auxiliando a população. Hoje quem cresce na carreira da polícia, cresce por mérito, talento e dedicação. A Polícia Civil do Paraná se transformou numa referência para o Brasil”, disse. “Meu pedido é que vocês mantenham esse bom padrão da Polícia Civil, deem sequência nisso que foi construído com muita luta, combatendo muitos vícios que existiam no passado. E que possam elevar ainda mais o nível com o passar dos anos”.
Para o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o impacto desse grande reforço de mão de obra é imediato, continuando o objetivo de valorizar a Polícia Civil. “Antes nós tínhamos comarca sem delegado de polícia, onde faltavam também policiais civis. Hoje para toda ocorrência em que seja necessário uma melhor apuração, coleta de vestígios, nós temos pessoas preparadas. Isso melhora muito na elucidação de crimes, área em que o Estado já é referência nacional com índice de 97%”, comentou.
“A primeira formatura que participei como secretário de Segurança foi da Polícia Civil. Com essa contratação, já se somam mais de 1.600 policiais civis convocados pelo governo Ratinho Junior, isso vem a complementar toda a política de segurança pública que ele adotou durante a gestão”, disse. “Fico feliz pela reformulação da Polícia Civil e da segurança como um todo e honrado de participar desse momento”.
Riad Braga Farhat, delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Paraná, disse que a chegada dos novos colegas reforça os quadros nas cidades. “Para a nossa instituição será maravilhoso, bem como para a população do Paraná, porque eles foram muito bem treinados, estão muito animados com essa nomeação e em começar a trabalhar”, disse. “Isso vai dar muito retorno em número de investigações, em número de prisões. Um valor incalculável”.
Segundo ele, o impacto também será sentido por entidades correlatas, uma vez que o sucesso do trabalho da PCPR gera também mais trabalho para outras instituições. “Essa contratação histórica vai aumentar ainda mais a nossa produtividade, que já vinha bem alta”, finalizou.

NOVOS SERVIDORES – Os números comprovam o alto investimento feito pela atual gestão do Governo do Estado no quadro de servidores da Polícia Civil. Desde 2019, já foram contratados 1.624 novos policiais civis, sendo 1.217 agentes de polícia judiciária, 285 delegados e 122 papiloscopistas. Somente em 2025, foram duas levas de profissionais incorporados à Instituição. Além dos atuais 555 formandos, 126 policiais haviam sido chamados em janeiro, totalizando quase 700 servidores adicionados às fileiras da PCPR no ano.
Dentre os agentes de polícia judiciária que passam a integrar o quadro das forças de segurança do Paraná, 75 serão lotados em Curitiba e 97 na Região Metropolitana. Os demais 270 vão para o Interior do Estado. A divisão dos papiloscopistas, por sua vez, também prevê quadros na Capital, RMC e outras regiões. Já os 77 delegados serão acolhidos em diversas partes do Estado.
Para Campo Largo, por exemplo, vai a agente de polícia judiciária Juliane Freitas Galvão, que deixou Goiânia para integrar a PCPR. “É a realização de um grande sonho, o resultado de muito esforço, de anos de estudo, e de espera também, porque foi um concurso longo até sermos chamados”, revelou ela, que não vê a hora de colocar a mão na massa. “Eu estou ansiosa para contribuir com a segurança pública do Estado, com a sociedade, e para fazer meu trabalho da melhor forma possível. Estou bem ansiosa para começar”.
Outro formando, o curitibano Fabrício Alves de Lima também ressaltou o momento como um marco na vida profissional. “A escola foi árdua, a espera da mesma forma. Então, para a gente é o fim de um ciclo, a realização de um sonho poder entrar em uma instituição como esta”, disse ele, que é formado em Direito e não descarta algo a mais na nova casa. “A expectativa é produtividade. A gente sempre pensa em poder fazer um bom trabalho e crescer profissionalmente. Quem sabe até um cargo de delegado no futuro”.
MISSÃO – Entre as atividades desempenhadas pelos novos policiais estão a investigação de crimes; a direção de delegacias; a interlocução com o Poder Judiciário; as lavraturas de flagrantes; a execução de operações policiais; a condução de inquéritos e a realização de perícias papiloscópicas em objetos e cenas de crimes.
Com investigações eficientes, que previnem o cometimento de crimes ou que aumentam o índice de solução dos casos, os policiais civis têm um papel fundamental no combate à criminalidade do Estado. Em 2023, a PCPR atingiu um índice de solução de homicídios de 83%, valor que foi superado no ano seguinte, chegando à marca histórica de 97%.
SEGURANÇA – Com orçamento de R$ 8 bilhões, a Secretaria da Segurança Pública tem sido um dos principais pilares do governo estadual. Os investimentos na compra de equipamentos totalizam mais de R$ 1 bilhão nos últimos anos. Em setembro, por exemplo, foi realizada a entrega de uma série de veículos, armas e acessórios visando dar maior celeridade e eficiência na resposta das forças de segurança.
O Estado adquiriu cinco helicópteros, na maior ampliação da frota aérea da segurança pública da história do Paraná. Três foram para a Polícia Militar (PMPR), um para a Polícia Civil e outro para o Corpo de Bombeiros (CBMPR). Um investimento de R$ 49,3 milhões. Ao todo, a SESP tem à disposição 20 aeronaves. No mesmo evento foram entregues 35 caminhonetes RAM 3500 e 56 unidades da L200 Triton Sport/Mitsubishi, totalizando R$ 38,3 milhões investidos.
A maior compra de fuzis do Estado também ocorreu neste ano, com 3.711 novos equipamentos, que serão distribuídos até o início de 2026. Além disso, equipamentos ópticos e táticos de última geração foram disponibilizados para as corporações. São itens como caixa de ajuste de foco para óculos de visão noturna, monóculos e óculos de visão noturna, sistemas de captação de imagens através de paredes, designadores laser, magnificadores, miras de visão noturna e de visão termal, e miras optrônicas.
Outro anúncio aconteceu essa semana com o Olho Vivo. Com um investimento de R$ 400 milhões, a ampliação de uso de câmeras com IA representa um salto na capacidade de investigação e combate a ocorrências criminais, permitindo o cruzamento de dados em tempo real, a emissão automática de alertas e a identificação mais rápida de suspeitos, veículos furtados ou roubados e pessoas desaparecidas.

PRESENÇAS – Participaram também da formatura Guto Silva, secretário das Cidades; João Carlos Ortega, chefe da Casa Civil; Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná; Gilberto Giacoia, procurador de Justiça, representando o procurador-geral Francisco Zanicotti; o desembargador Celso Jair Mainardi, representante do Tribunal de Justiça do Paraná; o coronel Paulo Roberto Lima, representando o coronel Jefferson Silva, comandante da Polícia Militar do Paraná; Marcelo Lemos de Oliveira, corregedor-geral da Polícia Civil do Paraná; Rogério Orem de Andrade, representando Ananda Chalegre, diretora-geral da Polícia Penal do Paraná; o coronel Emerson José Guimarães Ferreira, representando o coronel Antônio Geraldo Hiller Lino, comandante-geral do CBMPR; Ciro José Cardoso Pimenta, diretor-geral da Polícia Científica do Paraná; Valderes Luiz Scalco, diretor da Escola Superior de Polícia Civil do Paraná; e Marcus Vinícius Michelotto, diretor do Instituto de Identificação do Paraná.