
Nos últimos dois anos, a Itaipu Binacional repassou R$ 70 milhões para a execução da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu, que conectará a BR-277 até a cabeceira da nova ponte entre Brasil e Paraguai.
Neste ano, foram repassados R$ 49 milhões, o que equivale a 14,4% do custo do empreendimento, de um total de R$ 341 milhões.

O volume de recursos representa um crescimento de 133% em comparação ao ano anterior, quando a binacional transferiu R$ 21 milhões. Somados, os aportes de 2024 e 2025 para a Perimetral equivaleram a um quinto do montante aplicado pela empresa na obra.
Já para a Ponte da Integração Brasil-Paraguai a Itaipu repassou um total de R$ 372 milhões, sendo R$ 6 milhões em 2023, ano em que a estrutura foi concluída oficialmente, no mês de outubro. No caso da Perimetral, a ampliação dos desembolsos em 2025 acompanhou a aceleração das atividades na etapa final da construção.
“A ponte e a perimetral formam um único sistema. A abertura será possível com os acessos concluídos e liberados pelos órgãos responsáveis, o que assegura uma operação planejada desde o primeiro dia”, disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri. “A perimetral é parte deste grande projeto, porque garante a conexão da ponte às aduanas e à BR-277, com a organização do tráfego”, concluiu.
Modelo Tripartite
A governança do projeto opera em um modelo de convênio tripartite. O DNIT figura como órgão proprietário da rodovia; o Governo do Estado do Paraná atua como o executor responsável pela contratação e fiscalização das obras. A Itaipu Binacional responde exclusivamente pelo repasse dos recursos financeiros. Sob essa estrutura, a empresa não atua na gestão direta do canteiro de obras nem na condução dos contratos de engenharia.
Para garantir a continuidade do empreendimento e consolidar o novo prazo de entrega, o Governo Federal atuou diretamente na superação dos obstáculos técnicos e administrativos. Neste período, os desafios enfrentados foram de natureza técnica e jurídica, e não orçamentária.
O fluxo financeiro da Itaipu manteve-se assegurado durante todo o período, enquanto os entraves estiveram ligados a fatores externos aos repasses, como readequações de projetos, trâmites de licenciamento, decisões judiciais e questões contratuais.
A nova ponte integra um conjunto de projetos de infraestrutura anunciados no âmbito do PAC em 2012, como parte da estratégia do Governo Federal para a integração regional.