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Milho chega ao fim do ano como principal aposta do produtor paranaense, aponta Deral

Tendência apontada é de fortalecimento contínuo desta cultura, que deve se firmar nos próximos anos como a principal do Paraná, aproximando-se e até superando a soja, que segue como base da primeira safra. Dados estão na última edição do ano da Previsão Subjetiva de Safra e do Boletim Agropecuário.

Por: Redação Fonte: AEN
19/12/2025 às 12h01
Milho chega ao fim do ano como principal aposta do produtor paranaense, aponta Deral
Milho encerra 2025 como principal aposta do produtor paranaense, aponta balanço do Deral Foto: Jonas Oliveira/SEAB

O avanço consistente do milho, sustentado pela forte demanda interna e pelo dinamismo da cadeia de proteínas animais, marca o encerramento de 2025 no setor agrícola paranaense. Esse é o principal destaque da última Previsão Subjetiva de Safra (PSS) e do Boletim Conjuntural do ano, divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Os levantamentos indicam um produtor atento ao cenário, focado em eficiência produtiva, ajustes estratégicos de área e decisões cada vez mais alinhadas às condições climáticas e sinais de mercado.

Por ser o último levantamento do ano, a PSS de dezembro tem papel estratégico ao apresentar as primeiras estimativas da segunda safra 2025/2026, especialmente de milho e feijão. Os dados mostram estabilidade nas áreas da primeira safra e confirmam, na segunda safra, a consolidação do milho como cultura em expansão, o que ocorre com redução na área de feijão.

A tendência apontada é de fortalecimento contínuo do milho, que deve se firmar, nos próximos anos, como a principal cultura do Paraná em volume produzido, aproximando-se e até superando a soja, que segue como base da primeira safra.

 

A força do milho está diretamente associada à ampliação da demanda. Além do uso tradicional para ração nas cadeias de frango, suínos, bovinos e piscicultura, o cereal se destaca pela elevada produtividade por hectare e pela ampla versatilidade de aproveitamento industrial, o que amplia suas oportunidades de mercado.

As estimativas preliminares da PSS indicam crescimento próximo de 1% na área de milho da segunda safra, que deve alcançar cerca de 2,84 milhões de hectares, consolidando um novo recorde estadual. A produção é estimada, neste momento, em aproximadamente 17,4 milhões de toneladas, volume elevado, ainda que ligeiramente inferior ao da safra excepcional do ciclo anterior, de 17,63 milhões de toneladas.

O Deral ressalta que o resultado final dependerá do desempenho da soja nas próximas semanas, especialmente no Oeste do Estado, pois o bom andamento da colheita contribui para o melhor aproveitamento da janela de plantio do milho.

 

A soja, mesmo diante de desafios climáticos pontuais e de um ciclo mais longo em algumas regiões, mantém expectativa de boa produtividade na maior parte do Paraná. O milho da primeira safra também apresenta desempenho promissor, beneficiado por seu ciclo mais extenso e maior capacidade de resposta às condições climáticas, o que reforça a perspectiva de resultados acima da média.

A mandioca segue como destaque no campo paranaense. O Paraná lidera a produção nacional destinada à indústria, enquanto o Pará se sobressai no volume total, voltado principalmente ao consumo humano. A expectativa inicial era de alta produção, baseada em boa produtividade, mas um período mais seco dificultou a colheita e levou ao ajuste da área efetivamente colhida, com parte das lavouras mantida para dois ciclos. Ainda assim, os preços permaneceram relativamente ajustados, contribuindo para o equilíbrio do mercado.

 

BOLETIM CONJUNTURAL – Na sequência da PSS, o último Boletim Conjuntural de 2025 detalha a situação das principais cadeias agropecuárias do Estado e reforça um cenário de ajustes, resiliência e oportunidades.

MILHO – O boletim confirma a expectativa de área recorde na segunda safra 2025/26. Mesmo diante de custos de produção mais elevados e preços ao produtor em patamar mais ajustado, o cenário reforça a importância do planejamento e da eficiência produtiva, com o milho mantendo papel central na estratégia do produtor paranaense.

FEIJÃO – O potencial produtivo do Paraná para o ciclo 2025/26 é estimado em 745 mil toneladas. A redução de área nas três safras reflete um movimento de ajuste do setor, com produtores buscando maior equilíbrio econômico e melhor adequação às condições de mercado.

SUÍNOS – O Paraná registrou, no terceiro trimestre de 2025, crescimento recorde na produção de carne suína, com aumento expressivo do abate e das exportações. O desempenho reforça a liderança do Estado e amplia a oferta ao mercado interno, consolidando sua posição como principal fornecedor nacional.

 

BOVINOS – No setor leiteiro, mudanças regulatórias recentes fortaleceram o ambiente institucional e buscaram dar maior segurança ao produtor paranaense. Embora os preços sigam influenciados pela dinâmica de oferta, as medidas contribuem para maior previsibilidade e organização do mercado.

FRANGO – A avicultura paranaense mantém a liderança nacional. Apesar de custos ainda elevados e leve retração nas exportações, o mercado interno segue absorvendo volumes crescentes, e as projeções indicam expansão moderada e sustentada da produção nos próximos anos.

OVOS – As exportações brasileiras de ovos registram crescimento expressivo em 2025, tanto em volume quanto em receita. Mesmo com impactos de tarifas internacionais, o setor tem ampliado mercados, diversificado destinos e preservado a rentabilidade.

PERUS – A produção e a exportação de carne de peru seguem concentradas na Região Sul. Em 2025, o Paraná ampliou receita e participação nas exportações, impulsionado pela valorização dos preços internacionais e pelo fortalecimento da demanda externa.

MEL – O setor apícola enfrenta um ambiente desafiador no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos. Ainda assim, a valorização dos preços garantiu aumento de receita, mantendo o Paraná entre os principais exportadores de mel do país e demonstrando a capacidade de adaptação do setor.

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