O simpósio prossegue até sexta-feira (24). O objetivo é promover o fortalecimento do diálogo e as ações dos países latinos rumo ao 10º Fórum Mundial das Águas, que ocorrerá em Bali, na Indonésia, de 18 a 24 de maio de 2024. Itaipu conta com estande no local.
Paralelamente, acontece o 1º Fórum Latino-Americano da Água, na terça-feira (21) e quarta-feira (22). O evento estará estruturado em três eixos: plataforma temática, diálogo político e fórum cidadão. Os debates acontecerão em seis grandes temas que foram discutidos no encontro preparatório. São eles: Água e Meio Ambiente, Água e Desenvolvimento, Água e Clima, Água e Cooperação, Água e Inovação e Água e Financiamento.
Nos encontros, especialistas, acadêmicos, poder público e a comunidade compartilham conhecimentos e experiências sobre um bem precioso, em especial para a Itaipu, que é a água.
O diretor de Coordenação reforçou que a Itaipu é a usina hidrelétrica que mais produziu energia no planeta, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e do Paraguai. “Esse feito só é possível por conta da abundante disponibilidade de água do Rio Paraná. Por isso, o cuidado desse bem tão essencial faz parte do DNA da empresa.”
Segundo ele, a Itaipu, desde sua criação, desenvolve inúmeras ações para o monitoramento qualiquantitativo dos recursos hídricos, para a proteção das florestas, conservação do solo e da biodiversidade, incentivando pesquisas e inovações voltadas a essa temática.
O diretor também comentou sobre o Programa Itaipu Mais que Energia, que irá recuperar 9 mil nascentes, levar água potável a 10 mil famílias de comunidades rurais e tradicionais, adequar mais de 1.000 km de estradas rurais para minimizar a produção de sedimentos, assim como implantar 65 Unidades de Valorização de Recicláveis para impedir que resíduos contaminem os recursos hídricos, evitar a emissão de 30 mil toneladas de CO2 por ano para a atmosfera com implantação de sistemas fotovoltaicos e aproveitamento de resíduos para a geração de biogás.
“Num cenário cada vez mais desafiador para a sociedade em relação aos recursos hídricos, com demandas cada vez maiores por esse bem e mudanças no clima impactando diretamente a segurança hídrica das nossas populações, convido todas e todos para que sejam agentes protagonistas em busca de soluções para as águas do Brasil e da América Latina”, finalizou Carboni.
Participação da Itaipu
Na terça-feira (21), a Itaipu apresenta o case Água e Cooperação, das 14h30 às 16h. A sessão abordará discussões e exemplos de como avançar neste trabalho de cooperação por meio de acordos para a gestão compartilhada desses corpos hídricos. A apresentação ficará a cargo de Simone Benassi e Ana Carolina Gossen Siani, da Divisão de Reservatório dos lados brasileiro e paraguaio, respectivamente.
Já na quarta-feira (22), das 9h30 às 11h, dentro do tema Água e Meio Ambiente, Simone falará sobre “O acesso a água potável na América Latina para as populações em situação de vulnerabilidade”, trazendo informações sobre o programa Itaipu Mais que Energia.
Outro trabalho será apresentado pela professora Dra. Roseli Benassi, da Universidade Federal do ABC, realizado em parceria com os colegas dos Departamentos de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu e Fundação Parque Tecnológico Itaipu, intitulado “Avaliação e projeções temporais do Índice de Estado Trófico dos afluentes que abastecem o Reservatório de Itaipu ao longo de série histórica de 1995 a 2019”. O estudo apresenta uma avaliação da qualidade das águas dos afluentes que abastecem a usina, avaliando o grau de eutrofização das águas (se a água está em boas condições para os usos múltiplos).
Também será apresentado o trabalho “Processamento e análise de qualidade dos dados de medição de vazão obtidos com perfiladores acústico Doppler (ADCP) e sua relevância para o monitoramento hidrológico”. O estudo foi feito por Carlos Antônio Jarquin, Clarice Buarque de Macedo Lira, Elio Emanuel Romero Lopez e Suelen Ruiz Lisboa, todos da Diretoria Técnica. O trabalho destaca a importância da padronização da metodologia de aferição da qualidade das medições de vazão, para garantir a melhor estimativa possível da água que chega ao reservatório de Itaipu.
Outro estudo que será apresentado é a “Classificação de imagens de satélite para estimativa de cheias: um estudo de caso do rio Amambay”. O trabalho explora o uso de imagens de satélite para a delimitação de corpos hídricos e a estimativa de seus respectivos níveis de água, auxiliando a gestão dos recursos hídricos em situações de cheias. A pesquisa é de Cecilia Arasy Cantero Núñez, Pablo Souza dos Santos e Clarice B. M. Lira, engenheiros e técnicos da DT.
Também está na grade da programação o estudo “Secas nas maiores usinas hidrelétricas brasileiras no período de 1981-2023", de autoria de Daniel Bartiko e Pablo Souza dos Santos, da Itaipu, e Pedro Luiz Borges Chaffe, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Yuuji Fukui, da Divisão de Programação e Controle da Produção, apresentará um estudo sobre “Comparação do compartilhamento de recursos hídricos feito em Itaipu, em Yacycretá e em Salto Grande”. O trabalho tem coautoria de Cláudio Augusto Gomes Silva Mota, Cássia Arndt Wutzke, Priscylla Klein e Luciana Piccione Colatusso.
Promoção
O 25º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos é promovido pela ABRHidro. Já o Fórum Latino-americano da Água está sendo organizado pelas instituições Rede Brasil de Organismos de Bacias (REBOB), Rede Latino-Americana de Organismos de Bacias (RELOC), ABRHidro, Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) e da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). O evento conta ainda com o apoio organizacional da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
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