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Vulcão submarino pode ser o culpado dos maiores terremotos no Japão

Entendendo a influência do monte submarino Daiichi-Kashima na atividade sísmica

14/12/2023 às 08h02
Por: Redação Fonte: Mega Curioso
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Nos confins do oceano, um segredo geológico pode ser a chave para explicar os intensos terremotos que assolaram o Japão nas últimas décadas. O monte submarino Daiichi-Kashima, situado a 40 quilômetros da costa, na placa tectônica do Pacífico, é apontado como possível desencadeador desses eventos, diz o Mega Curioso.

Atividade tectônica na região


A região em torno do monte Daiichi-Kashima é um caldeirão de atividade tectônica, abrigando as placas do Pacífico, Filipinas e Okhotsk. Novas pesquisas sugerem que a interação dessas placas, combinada à presença do vulcão submarino, desencadeia terremotos de grande magnitude.Contrariando estudos anteriores, pesquisadores da Universidade de Memphis revelaram que a existência de montes submarinos, como o Daiichi-Kashima, impacta significativamente na subducção de placas tectônicas. A fricção resultante da raspagem desses montes pode gerar tremores intensos, afetando a estabilidade sísmica da região.

A teoria do "terremoto suspenso" explica como, ao penetrar na placa superior, o monte submarino atinge uma pressão crítica. Nesse ponto, ocorre um "desligamento," interrompendo o movimento ao redor do monte, enquanto o resto da placa continua afundando. Quando a pressão atinge seu limite, o monte se liberta, desencadeando terremotos de grande magnitude.Devido à sua proximidade com a costa, o monte Daiichi-Kashima é suspeito de ser responsável por terremotos significativos em 1982, 2008 e 2011, todos registrando magnitude acima de 7 na escala Richter. A compreensão desse fenômeno é crucial, pois o Daiichi-Kashima é o único monte submarino atualmente em processo de subducção, prevendo-se pelo menos 1 milhão de anos para que outros apresentem atividade semelhante.

Sismos acima de 7 pontos eram previsíveis a cada 20 anos no Japão, mas desde 2011, quando ocorreu um tremor de 7,8 apenas três anos após um abalo de 8 pontos em 2008, novos tremores tornaram-se imprevisíveis. O entendimento do papel do monte submarino Daiichi-Kashima pode fornecer insights cruciais para a prevenção e mitigação de danos causados por futuros terremotos no Japão.

https://twitter.com/i/status/1504138425129127936

 

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