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Itaipu conclui reparo minucioso na calha esquerda do vertedouro

Em cerca de três meses de trabalho, foram reparados mais de 3.500 pequenos pontos de erosão. Trabalho envolve várias equipes da Área Técnica

Por: Redação Fonte: Itaipu
06/11/2025 às 14h50
Itaipu conclui reparo minucioso na calha esquerda do vertedouro
Fotos: Rafa Kondlatsch/Itaipu Binacional.

Um trabalho minucioso, envolvendo todas as áreas da Diretoria Técnica da Itaipu Binacional, encontrou e reparou mais de 3.500 pequenos pontos de erosão no vertedouro. A atividade, executada na calha esquerda, a maior das três calhas com mais de 62,3 mil metros quadrados de área, começou no início de julho e terminou na semana passada. O objetivo é manter a estrutura em excelentes condições operativas.

O reparo conclui um planejamento que envolve todas as quatro superintendências da Diretoria Técnica. É de responsabilidade da Superintendência de Obras fazer inspeções visuais regulares, identificando os pontos que apresentam sinais de degradação. A Engenharia, por sua vez, faz a avaliação técnica e recomenda as ações corretivas. Então, é acordado com a Superintendência de Operação o período que o vertedouro ficará indisponível para uso e, finalmente, a Manutenção coordena a execução dos reparos.

De acordo com o técnico de obras João Bernardino de Oliveira Lopes, da Divisão de Manutenção Civil e Industrial (SMMC.DT), área gestora do contrato, uma manutenção tão detalhada como esta não era feita desde 1998, há quase 30 anos. “As intervenções executadas neste período foram mais comuns em reparos de erosões maiores, com áreas próximas a um metro quadrado por exemplo. Dessa vez, procuramos desde pequenos pontos, alguns com dimensões de cinco por cinco centímetros, até áreas maiores com dimensões de 60 por 80cm”, comentou.

Calha esquerda, com mais de 62,3 mil metros quadrados de área.

João Bernardino destacou o uso de um andaime com escada, montado na lateral do muro do vertedouro, que facilitou o acesso à calha e acelerou a rotina do trabalho. Normalmente, para acessar o local é necessário descer por uma escada marinheiro, anexa à comporta e, depois, baixar uma rampa por corda. “Era necessário o apoio do Corpo de Bombeiros cada vez que precisava acessar a calha. Nós ganhamos cerca de duas horas diárias de trabalho com essa melhoria”, afirmou.

Olhar aguçado

Após as recomendações da Engenharia, a Superintendência de Obras realizou um levantamento detalhado das áreas que precisavam de intervenção. Em seguida, a equipe da SMMC.DT entrou em ação: dois profissionais da área percorreram a imensa calha para identificar e registrar os pontos que necessitavam de reparo. A cada ponto de erosão, pequeno ou grande, encontrado, eles marcam com uma tinta spray, uma operação feita mais de 3.500 vezes.

Depois, uma empresa contratada para obra faz cortes no concreto nas áreas marcadas e executam a demolição de onde precisa ser reparado. O local é limpo com um soprador para retirar o pó e é aplicado um adesivo epóxi estrutural para dar aderência. Em seguida, é aplicado o material de reparo, uma mistura de adesivo epóxi estrutural, areia seca e cimento – material escolhido devido à durabilidade, aderência e resistência ao ambiente.

Segundo João Bernardino, esse material precisa ser trabalhado em temperaturas inferiores a 35º Celsius, por isso a escolha dos meses com temperaturas mais baixas para fazer a atividade. No final, foram reparados 95 m² nas lajes e 10 m² nos muros da calha esquerda. Em um ponto especial, na rampa final do vertedouro, chamado de “trampolim”, também foram feitos reparos após ser drenada a água que se acumula ali.

Estrutura fundamental

O vertedouro é uma estrutura hidráulica de proteção da barragem utilizada para descarregar toda a água excedente, ou seja, não utilizada para a geração de energia, controlando assim o nível do reservatório. Na Itaipu, o vertedouro tem capacidade de 62 milhões de litros por segundo (mais de 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu).

A passagem da água pela estrutura durante o vertimento provoca desgaste progressivo no concreto das calhas, exigindo intervenções periódicas para preservar a integridade estrutural e a segurança operacional dessas instalações. A partir de 2026, novos reparos devem ser feitos nas outras duas calhas, central e direita. A calha esquerda é a maior, mais usada e mais importante para a usina, por isso foi foco inicial da atividade.

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