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Cooperativa de catadores ganha novo espaço para separação dos resíduos

Aproximadamente R$2,8 milhões foram investidos na nova Unidade de Valoração de Resíduos (UVR). Recursos da Itaipu e Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Por: Redação Fonte: Assessoria/Toledo
20/12/2023 às 07h29
Cooperativa de catadores ganha novo espaço para separação dos resíduos
(Foto: Divulgação)

Um novo espaço foi inaugurado em Toledo para a separação e destinação dos resíduos recicláveis. A nova Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR) está localizada junto ao Aterro Municipal e ao lado da primeira unidade. Ao todo foram aplicados aproximadamente R$ 2,8 milhões na estrutura, entre a construção, reforma e ampliação de maquinários, além do sistema de prevenção de incêndio. A UVR vai funcionar com a mão de obra dos integrantes da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Toledo (Acatol). O barracão possui 1.906m² e a sede administrativa 166,65m². 

A Itaipu Binacional tem participação na obra, com um investimento no valor de R$ 744.528,27. As obras tiveram início em 2019 e foram concluídas este ano. O número de prensas saiu das atuais cinco para oito. O investimento vai trazer melhoria na qualidade do material, bem como aumentar a quantidade de recicláveis a serem comercializados. No início da atual gestão o volume girava em torno de 80 toneladas, média que já foi ampliada em 100%, chegando a 160 toneladas/mês.

Com os novos equipamentos a expectativa é chegar em torno de 220 mil quilos mensais. Essa meta vai auxiliar os catadores, pois vai aumentar o valor arrecadado com a venda dos reciclados. Segundo o vice-prefeito, Ademar Dorfschmidt, “hoje estamos cumprindo mais uma meta do Plano de Governo e Toledo se torna referência para o Paraná em função de suas políticas públicas”. Atualmente são 56 pessoas trabalhando na UVR e a nova instalação vai trazer mais qualidade de vida, dando mais salubridade, pois o espaço é mais industrial e moderno que o antigo.

O prefeito Beto Lunitti enalteceu a parceria com a Itaipu e reforçou o compromisso de investir na pasta do meio ambiente, mas ponderou sobre alguns desafios da Educação Ambiental. “Nós, enquanto sociedade, falhamos na hora de reciclar. Todos temos que nos conscientizar  e fazer a separação de resíduos que podem ser reciclados e encaminhar para o destino correto. Enquanto governo, temos em mente aquilo que é possível fazer, mas ainda é um desafio cuidar do manejo e da geração doméstica de resíduos”, salientou ao alertar que a conta futura pode custar caro. 

Autoridades prestigiaram a solenidade de entrega da UVR

Além dos associados da Acatol e servidores da Secretaria do Meio Ambiente (SMMA), vários representantes da Itaipu, Ministério Público, Câmara de Vereadores, assessoria de deputados, Instituto Água e Terra (IAT) e Conselho do Meio Ambiente participaram do ato. 

O secretário de Meio Ambiente, Junior Henrique Pinto, disse que esta obra não representa só investimento financeiro, mas um olhar para as pessoas que trabalham na cooperativa de catadores. “Sabemos que a renda aqui tem a ver com produtividade, mas isso pode ser melhorado com condição de trabalho, com gestão eficiente para que a coisa aconteça e é pra isso que estamos aqui”, salientou

A presidente da Acatol, Serli Correa dos Santos Almeida, agradeceu o empenho dos gestores em realizar e proporcionar esse complexo, com condições mais salubres e dignas que o anterior. “A dificuldade que tínhamos de trabalhar agora vai melhorar e beneficiar todos os associados. Um ajudando o outro para a renda de cada associado ir aumentando cada dia”. 

O superintendente de Meio Ambiente da Itaipu, Wilson Zonin, reforçou a parceria da Binacional com o município e disse que esse projeto impacta com benefícios na área social, ambiental e econômica. “Essa UVR vai ser um exemplo para o Brasil”, anunciou Zonin. “Estamos triplicando os investimentos nesse projeto no Estado do Paraná”, reforçou para demonstrar a importância do empreendimento. 

O chefe do IAT de Toledo, Luiz Henrique Fiorucci, reforçou a preocupação com a realidade do resíduo sólido urbano e parabenizou o empenho das equipes. “O trabalho de vocês [da Acatol] faz a diferença na sociedade e é um trabalho fantástico. As pessoas muitas vezes não reconhecem, mas devem vir aqui conhecer o trabalho que é realizado”, parabenizou Fiorucci. 

O promotor de Justiça e coordenador do Grupo Especializado em Meio Ambiente ( GAEMA), Giovani Ferri, também reconheceu os esforços da gestão. “Com muito orgulho o Ministério Público acompanha essa inauguração, esse é um sonho realizado. Temos que reconhecer que essa gestão foi a que mais investiu em recursos na área de resíduos e de aterro em Toledo. Foram muitos milhões investidos e essa estrutura coloca Toledo no cenário nacional. Com certeza estamos recebendo uma das melhores estruturas do Brasil. Precisamos melhorar as condições de trabalho e tenho certeza que aumentará não só a produtividade, mas a renda das pessoas que aqui trabalham. Esses profissionais muitas vezes não tem o devido reconhecimento da sociedade, nada aqui funcionaria sem a presença deles, eles são os motores dessa estrutura. Estão exercendo um serviço ambiental para a sociedade”, frisou o promotor. 

O diretor do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Alexandre Leite, disse ter consultado o “reciclômetro” e verificou que “hoje Toledo está reciclando 30% acima da média do Paraná e quase três vezes acima da média do Brasil. E não tenho dúvidas que com essa nova estrutura essa média tende a aumentar”, estimou o diretor do PTI. 

O presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Thiago Bana Schuba, disse ser gratificante ver essa estrutura finalizada. Ele lembrou que em 2019 haviam duas instituições que exerciam o trabalho da separação e reciclagem, que hoje estão unificadas e com 56 associados. Desafiou as pessoas a pegar a sacolinha de lixo da residência e abrirem para separar cada item conforme sua destinação. 

O desafio da Educação Ambiental

Os associados da Acatol acompanharam com felicidade a inauguração da nova estrutura da Unidade de Valorização de Resíduos. Mas todos ainda lamentam os hábitos da população, pois os resíduos que chegam até a UVR deveriam ser apenas os recicláveis, porém não é o que costuma acontecer. 

Geraldo de Souza (53) gostou da estrutura, mas disse que “temos que melhorar também a forma como o resíduo chega. É comum chegar animais mortos, cachorro, gato, comida com vermes, cimento, pedra, madeira. Isso tudo é rejeito, material que não deveria chegar até nós. 

O colega dele, José Anastácio Nunes (77) está há oito anos na associação. Ele também elogiou a estrutura nova e se preocupa com alguns hábitos “perigosos” da comunidade. “O pessoal manda vidro quebrado, isso é um perigo, já tivemos colegas que cortaram a perna mexendo com vidro, isso deveria ser tudo separado. As pessoas precisam aprender a separar melhor”, frisa José.

 

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