Foram divulgados na tarde desta quarta-feira (3) os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) realizado em 2024 pelo Setor de Controle e Combate às Endemias de Toledo. Entre ontem e hoje (2 e 3), ceca de 80 agentes de combate a endemias (ACEs) visitaram aproximadamente 1.800 imóveis de todos os bairros da cidade (sorteados aleatoriamente por plataforma do Ministério da Saúde) e o índice de infestação predial (IIP) médio foi de 3,4%, acima do recomendado pelos organismos nacionais e internacionais de saúde (1%) – abaixo do LiraA anterior (em novembro de 2023, 4,6%), porém mais alto que o realizado nesta mesma época do ano passado (2,4%).
Os bairros Jardim da Mata (15%), Rossoni II (14,28%), Gisela I (13,33%), Tancredo I (10,34%) e Porto Alegre I (10,25%) registraram os cincos maiores IIP do primeiro LirAa de 2024. Pratos de plantas, invólucros com lixo, tonéis, ralos e pneus estão entre os objetos onde os focos do mosquito que transmite a dengue e outras doenças foram encontrados com maior recorrência durante o levantamento.
Estes números colocam as autoridades sanitárias locais em alerta a respeito da possibilidade de Toledo ter uma epidemia de dengue nas próximas semanas. Desde o início do atual ano epidemiológico, em 1º de agosto de 2023, o município já confirmou 40 casos (todos autóctones) e ainda há 67 dos 525 pacientes notificados (que procuraram serviços públicos e privados de saúde com sintomas da doença) aguardando resultado, o qual deu negativo ou inconclusivo em 418 oportunidades.
A coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, comenta que está, ao mesmo tempo, surpresa e decepcionada com os resultados do 1º LirAa de 2024. “Pelo tanto que temos trabalhado, esperava um índice bem menor que 3,4%. Enquanto não baixar de 1%, nossa equipe não ficará satisfeita e só vamos obter este resultado se todos os moradores – todos mesmo – colaborarem, cuidando de seus quintais e recebendo bem os ACEs. Vale destacar que só um entre os 1.800 imóveis do levantamento era baldio. Portanto, o problema está nas residências”, avalia. “O poder público municipal tem feito de tudo para resolver esta questão, mas está na hora de a população tomar consciência do seu papel. É inadmissível, nos tempos de hoje, com o volume de informações sobre o assunto circulando por aí, que até hoje existam pessoas se recusando a fazer o que é correto”, desabafa.
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