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Bem-estar animal potencializa a produção de leite

Cerca de dois terços do território nacional está situado na faixa tropical do planeta, onde predomina elevada temperatura e radiação solar, podendo ultrapassar a zona de conforto dos animais, levando ao estresse térmico.

25/03/2024 às 09h24
Por: Redação Fonte: Assessoria/Copagril
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Vacas em lactação podem começar a sofrer estresse térmico quando estão em
ambientes cujas as condições ultrapassam 22ºC de temperatura e 50% de
umidade.
O estresse térmico é a condição na qual o animal é incapaz de manter um
equilíbrio entre a produção e a perda de calor corporal, o que influencia no
comportamento, nos parâmetros reprodutivos e produtivos, diminuindo o bem-
estar animal.
Como mitigar os efeitos do estresse térmico
Para controlar os efeitos do estresse térmico o produtor pode fazer uso de
algumas estratégias de manejo ambiental e sistema de resfriamento. O uso de
alguns métodos como o sombreamento natural e artificial e o uso de sistemas
como ventilador, aspersor e painel evaporativo podem se mostrar eficientes
para animais que estão submetidos ao calor.
De acordo com o Técnico de suprimentos de leite da Frimesa, Rodrigo
Aparecido Vicente, um bom manejo ambiental e o resfriamento do sistema é
importante. “Como com temperaturas acima dos 26°, a vaca já começa a
perder produção, nós, buscamos junto com os produtores de leite, dar o
máximo de conforto e uma boa nutrição. ”
E complementa: ”nós que trabalhamos com a qualidade do leite, nos
preocupamos muito com a genética e acabamos esquecendo que a vaca em
estresse térmico acaba perdendo produção de leite e não emprenhando e
vacas que não emprenham não dá leite. ”
Bem-estar animal

Visando o bem-estar animal e uma maior produção de leite, o produtor
Gervásio Gunkel, buscou por alternativas para que as vacas leiteiras não
sofram com o calor e não deixe de produzir leite.
Entre as principais estratégias que eles buscaram foram a adequação e
instalação de ventiladores, adequação das instalações nas linhas de
alimentação e uso de Sprinklers ligados a um sistema de bombeamento de
água, que após acionados, espirram água sobre as vacas com o intuito de
refrescar.
Sobre as instalações, Fernanda Gunkel, filha do senhor Gervásio, comenta: “o
principal motivo que levou a gente aderir a instalação dos nossos cursores e
ventiladores foi pensando no presente e no futuro das produções, pois o
conforto das vacas traz mais produção de leite e elas seguram por mais tempo
a gestação”
Hoje, a propriedade do senhor Gervásio possui 24 vacas do tipo Jersey, se
alimentam de ração, pré secado e pasto verde, além de permanecerem em um
local fresco, com um sistema de resfriamento por nebulização com aspersores,
o que gera um resultado de 350 litros por dia.

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