20°C 29°C
Marechal Cândido Rondon, PR
Publicidade

Desinformação climática é um dos motores da tragédia, diz pesquisadora

As plataformas são corresponsáveis pela falta de transparência

14/05/2024 às 13h41 Atualizada em 14/05/2024 às 13h45
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Notícias falsas envolvendo críticas ao governo, negacionismo em relações às mudanças climáticas e teorias da conspiração sobre a tragédia têm marcado as postagens sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, segundo Marina Loureiro. Ela é coordenadora de projetos do laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Netlab.

De acordo com a pesquisadora, as narrativas difundidas pelos propagadores de fake news, neste desastre, se concentram em cinco eixos: afirmar que a resposta governamental tem sido insuficiente; negar a relação entre os eventos e as mudanças climáticas; inserir a tragédia nas pautas morais e em teorias da conspiração; inflar o papel de seus aliados na resposta à crise; e se beneficiar da tragédia por meio de autopromoção, pedidos de doação e fraudes.

“Tais conteúdos atrapalham trabalhos de assistência à população atingida pelas enchentes e são utilizados por personalidades que buscam lucrar com a tragédia, bem como obter engajamento ou apoio político. Ao influenciar a política nacional por meio da disseminação online, a desinformação climática se tornou um dos principais motores da tragédia”, afirma Marina.

Segundo ela, reportagens e iniciativas de checagem de fatos têm apontado para ampla circulação de conteúdos desinformativos.

“A atuação desses grupos e indivíduos é multiplataforma, com conteúdos de uma rede sendo reproduzidos em outras. As narrativas se interligam entre as plataformas, construindo uma campanha orquestrada que atinge vários públicos. Os principais influenciadores são beneficiados por essa orquestração multiplataforma, que garante a amplificação de suas mensagens para um público maior”, afirma Marina, acrescentando que as estratégias também incluem o pagamento de anúncio nessas redes.

Segundo ela, situação semelhante ocorreu em outras tragédias, devido à falta de regras para o ambiente online. “Plataformas são corresponsáveis pela falta de transparência, já que quando solicitadas a remover anúncios suspeitos, o fazem sem revelar os dados dos responsáveis pela veiculação às autoridades. Além disso, há também o papel das empresas internacionais que permitem o registro de sites anônimos que são utilizados como plataformas para fraudes”, explica a pesquisadora.

Edição: Aécio Amado

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Marechal Cândido Rondon, PR
30°
Parcialmente nublado

Mín. 20° Máx. 29°

29° Sensação
3.79km/h Vento
36% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h39 Nascer do sol
07h07 Pôr do sol
Ter 32° 21°
Qua 34° 23°
Qui 29° 22°
Sex 27° 21°
Sáb 29° 21°
Atualizado às 13h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,82 +0,26%
Euro
R$ 6,10 +0,93%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,37%
Bitcoin
R$ 585,949,51 -4,00%
Ibovespa
129,042,56 pts -0.06%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias