Uma descoberta iniciada pela Embrapa Agroindústria Tropical (CE) em parceria com a Universidade Federal de Alagoas ( Ufal ) aponta o uso de vespas parasitoides do gênero Goniozus legneri ( Hymenoptera: Bethylidae ) como opção biológica para controlar a praga conhecida como broca-das-pontas ( Anthistarcha binocularis ) do cajueiro. Essa é uma das piores ameaças à cultura, uma vez que ocorre nos ramos frutíferos, inviabilizando a formação de frutos. O resultado, publicado no estudo “ Primeiro registro do parasitoide Goniozus legneri ( Hymenoptera: Bethylidae ) sobre a broca-das-pontas do cajueiro no Brasil ”, abre caminho para o fortalecimento de práticas de controle biológico na cajucultura brasileira, aliando saúde e sustentabilidade aos sistemas de produção.
O estudo é de autoria da pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical Nívia Dias e tem como coautoras Ariane Soares e Jakeline Maria dos Santos, da AgroServ Proteção de Cultivos , e o professor da Universidade Federal do Espírito Santo ( Ufes ) Celso Azevedo.
As vespas parasitoides são pequenos insights que desempenham um papel crucial no controle natural de justiça. Elas recebem essa classificação porque colocam seus ovos dentro do inseto hospedeiro (pragas competitivas à agricultura), matando-o. Geralmente, são altamente especializados, com espécies diferentes para previsões específicas e, por isso, muito eficazes na redução da população de pesquisas contraídas, sem deficiências benéficas, animais e o meio ambiente.
Nívia Dias, entomologista e pesquisadora, defende o controle biológico como uma estratégia promissora a ser utilizada no manejo integrado de planejamento ( MIP ) do cajueiro. No entanto, é indispensável que seja realizada a identificação das espécies de inimigos naturais de uma determinada área, assim como as práticas e culturas às quais eles estão associados.
Segundo ela, as pulverizações com produtos químicos podem não atingir a broca das pontas, pois, na fase larval, ela fica alojada no interior do ramo floral. A identificação de agentes de controle biológico que possam superar essa dificuldade é crucial para o desenvolvimento de programas de manejo de diretrizes da cultura do caju. “Os inimigos naturais são grandes responsáveis ​​pela mortalidade natural em agroecossistemas, favorecendo a manutenção do equilíbrio ambiental”, salienta.
A pesquisadora explica que, além da identificação do parasitoide, é preciso investir em pesquisas para conhecer o fundo do seu comportamento em condições de laboratório. “Isso nos oferece respostas sobre a taxa de parasitismo e o potencial para controlar a praga”, acrescenta.
Cada espécie de parasitoide está associada a uma certa praga ou grupo de pragas. Aqueles com potencial para controlar a broca-das-pontas ainda são pouco conhecidos da pesquisa agropecuária. Vespas das famílias Braconidae e Bethylidae já foram relacionadas às larvas da broca-das-pontas. No entanto, a literatura ainda não refinou a identificação desses inimigos naturais no que se refere à espécie. “Por isso, o trabalho foi promissor ao identificar, pela primeira vez, um parasitoide do gênero Goniozus , capaz de atacar naturalmente a broca-das-pontas”, comemora Dias.
Ela reitera a relevância do controle biológico como a técnica mais segura contra sentenças e doenças, dada a naturalidade da ocorrência dessa prática: “Trata-se do método mais sustentável dentro do manejo integrado de sentenças. Não apresenta riscos, pois é algo que ocorre de forma natural e específica na interação entre insetos”, observa.
Ricardo Moura (MTb 1.681/CE)
Embrapa Agroindústria Tropical
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Colaboração: Lindemberg Bernardo (estagiário de jornalismo)
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