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Homem de 56 anos mata menina de 15 com quem mantinha relacionamento abusivo

Feminicídio: Adolescente de 15 anos foi morta a tiros pelo namorado de 56 anos após discussão motivada por ciúmes.

17/07/2024 às 14h10
Por: Redação Fonte: Pragmatismo Político
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Maria Vitória e Gilson de Oliveira
Maria Vitória e Gilson de Oliveira



 O empresário Gilson de Oliveira tentou fugir, mas foi encontrado e preso. Testemunhas relatam que ele era possessivo com a vítima. Áudios revelam que menina já estava sofrendo há muito tempo.
Uma adolescente de 15 anos foi morta a tiros no domingo (14) no município de Monteiro, na Paraíba. O autor do crime, um homem de 56 anos, mantinha um relacionamento com a vítima, segundo a polícia.

Disparos teriam sido feitos após discussão entre os dois. O crime ocorreu na casa do suspeito, localizada no Loteamento Apolônio, no bairro de Bernardino Lemos.
A adolescente Maria Vitória dos Santos morreu no local. O agressor, identificado como Gilson Cruz de Oliveira, fugiu após o crime. O caso é tratado como feminicídio.

Gilson foi detido em uma operação conjunta entre as polícias da Paraíba e de Pernambuco na cidade de Brejo da Madre de Deus. O empresário já foi transferido para a Paraíba.

Gilson Cruz ficou em silêncio durante o depoimento. Maria Vitória e Gilson moravam juntos há quatro meses. O delegado Savio Siqueira explicou que ainda não há informações sobre há quanto tempo eles se relacionavam. A vítima trabalhava na padaria do suspeito havia alguns anos.

Conhecidos e familiares relataram que o empresário era agressivo com a vítima. “Era extremamente ciumento e possessivo com ela. Algumas marcas eram vistas nos braços dela. Mas até então ninguém sabia do que se tratava”, disse o delegado. Apesar dos relatos, não existe registro policial dessas agressões.

Um áudio da vítima circula nas redes sociais. Na gravação, ela diz que já havia sido ameaçada por ele com uma arma. “Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né, coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?”, teria dito a adolescente.

Polícia tenta localizar para quem adolescente enviou o áudio. “Eu tive acesso e ouvi o áudio, mas ainda não consta no inquérito. Tenho procurado diligenciar no sentido de identificar para quem ela enviou o áudio para que a gente possa formalizar esse elemento de convicção”, explicou o delegado.

Suspeito tem histórico de agressões contra outras mulheres. Gilson Cruz de Oliveira foi condenado em decorrência de violência doméstica contra a própria filha. O delegado também detalhou que, possivelmente, existem medidas protetivas de outras mulheres em desfavor de Gilson. “Mas são processos que correm em segredo de justiça, nem eu tenho acesso. Não tenho como afirmar”, esclareceu Savio.

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