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Zeca Dirceu e vereador Michel destravam, em Brasília, o acesso ao crédito rural para assentados de Rio Bonito do Iguaçu

Cerca de mil famílias assentadas de Rio Bonito do Iguaçu já podem procurar as agências do Banco do Brasil no município e também em Laranjeiras do Sul, além das cooperativas de crédito e consultorias específicas, para darem entrada no crédito do PRONAF

17/07/2024 às 15h07
Por: Redação Fonte: Assessoria/Zeca Dirceu
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

 

Cerca de mil famílias assentadas de Rio Bonito do Iguaçu já podem procurar as agências do Banco do Brasil no município e também em Laranjeiras do Sul, além das cooperativas de crédito e consultorias específicas, para darem entrada no crédito do PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - pelas regras e vantagens do novo plano Safra, recentemente anunciado pelo Presidente Lula. A notícia foi divulgada pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) e pelo vereador Michel Giacomini (PT), após negociações em Brasília e em Curitiba para destravar o acesso e corrigir um erro técnico de medição nos sistemas de georreferenciamento, que gerou conflitos entre as informações dos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Meio Ambiente. 

Com isso, foi identificada uma falsa sobreposição do perímetro de medição da área de uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Nacional - sobre os lotes dos camponeses. Esse erro, vinha impedindo desde o mês de janeiro que famílias produtoras do assentamento Ireno Alves ficassem impossibilitadas de contrair financiamento para investir principalmente na compra de equipamentos, em maquinário agrícola, em estruturas à pecuária leiteira, na safrinha de feijão, no plantio do trigo e nas culturas de verão, como as do soja e do milho.

 “As reclamações das famílias chegaram até mim, através do vereador Michel e de lideranças sem-terra, e imediatamente fizemos contato com os ministérios, a direção do Banco e o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, bem como com a superintendência do Ibama no Paraná e o Instituto Água e Terra - IAT. Tão logo o erro foi confirmado, as autoridades em Curitiba e em Brasília tomaram providências para garantir o acesso ao crédito às famílias assentadas em Rio Bonito e os organismos competentes emitiram pareceres, instruindo as devidas correções ”, disse o deputado Zeca Dirceu.

“Trata-se de cerca de mil famílias que produzem e até exportam alimentos da agricultura familiar e camponesa, através de suas cooperativas. Respondem por um volume de financiamento rural que passa de R$ 45 milhões ao ano, se considerarmos só a carteira dos contratos do Pronaf na agência do BB de Rio Bonito do Iguaçu”, disse Zeca. “O impacto positivo desse volume de recursos na economia local é um dos fatores que impulsiona o desenvolvimento de toda a região, gera empregos, renda e oportunidades essenciais à economia paranaense”, acrescentou.
 
“A maior parte desses contratos de crédito é viabilizada por meio do Banco do Brasil e o embargo poderia enfraquecer a própria atividade do agente público nessa região”, disse o vereador Michel Giacomini. “Voltei de Brasília com a satisfação de trazer essa boa notícia para as famílias do assentamento e só posso agradecer todo o empenho do deputado Zeca e de sua equipe no sucesso de mais essa luta em favor do povo de Rio Bonito do Iguaçu”, completou ele.

Até que o sistema da agência local automaticamente operacionalize o crédito desbloqueado em Brasília, a solução encontrada pelo banco foi inserir manualmente as propostas no sistema do banco. Em expediente interno, a instituição orienta a agência a receber as propostas e cadastrar os pedidos. Na sequência, a diretoria de Agro e Agricultura Familiar do banco deve proceder a liberação dos contratos manualmente. 

Além da agência do BB em Rio Bonito do Iguaçu, cuja carteira do Pronaf responde por 35% das movimentações financeiras locais, especialmente para financiamento da pecuária leiteira e lavouras de grãos, as famílias dos três assentamentos contratam o Pronaf através da agência do BB de Laranjeiras do Sul, de escritórios de consultoria agrícola da região e das cooperativas de crédito: Cresol, Crehnor, Sicredi e Sicoob.

O diretor da WE Projetos Agrícolas, Elizeu Wilczak, comemorou o resultado e avanço das negociações: “Só junto ao Banco do Brasil, deixamos de realizar financiamentos de cerca de R$ 3 milhões nesses meses, se comparado ao mesmo período da safra agrícola do ano passado. Agora, é retomar”, informou. 

“Sabemos que o erro se deu até pela preocupação das autoridades ambientais no país todo em inibir o avanço predatório sobre as áreas preservadas. Mas é justamente a agricultura familiar e camponesa quem mais preserva, protege e cultiva alimentos para combater a fome, sem agredir a natureza”, argumentou o vereador de Rio Bonito. 

“Nossos assentamentos exportam os valores da vida digna, do trabalho decente, da solidariedade e tudo isso combina com o protagonismo e prestígio do governo brasileiro lá fora em cumprir com as metas e compromissos ambientais mundiais. Fico muito feliz do problema técnico ser resolvido e o crédito valorizar e fortalecer o trabalho da agricultura familiar”, concluiu.

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