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Empresas e instituições do Paraná podem aderir ao selo que reconhece ações pelas mulheres

A certificação é aplicável a qualquer tipo de organização, pública ou privada, independente da sua dimensão, localização e tipo de negócio. As empresas podem ser classificadas com selos bronze, prata, ouro ou platina, dependendo da quantidade de ações adotadas para proteção da mulher contra a violência.

14/08/2024 às 08h55
Por: Redação Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná
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Foto: Gabriel Rosa/AEN
Foto: Gabriel Rosa/AEN

Com apoio do Governo do Estado, foi lançado nesta terça-feira (13), no Palácio Iguaçu, o Selo de Boas Práticas no Combate à Violência contra Mulheres. A certificação é uma iniciativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Instituto Nós Por Elas (NPE) para reconhecer empresas comprometidas com a causa da prevenção e do combate à violência contra as mulheres.

Na cerimônia, o vice-governador Darci Piana e a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), Leandre Dal Ponte, assinaram um protocolo de intenções em que o Estado se compromete a ajudar a promover o selo entre empresas, instituições e organizações públicas do Paraná. Também foi formalizada uma parceria para que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) apoie a ABNT na certificação das empresas solicitantes do selo.

“De nada adiantaria o Paraná ser o estado que mais cresce no País se não se comprometesse a causas como esta. Por isso estamos convocando todos os segmentos da economia paranaense, por meio das suas empresas, para que se unam nesta luta. O objetivo é, cada vez mais, diminuir os índices de violência contra as mulheres no Paraná a partir de uma união de esforços”, disse Darci Piana.

A certificação é aplicável a qualquer tipo de organização, pública ou privada, independente da sua dimensão, localização e tipo de negócio. As empresas podem ser classificadas com selos bronze, prata, ouro ou platina, dependendo da quantidade de ações adotadas para proteção da mulher contra a violência.

“Cada vez mais a gente tem incentivado as vítimas de violência a procurarem os canais de denúncia aqui no Estado. De janeiro a maio, foram mais de 90 mil boletins de ocorrência de casos de violência contra a mulher. Mas além de combater esta situação, precisamos fomentar o compromisso da sociedade como um todo na prevenção e no acolhimento deste público, por isso o Paraná sai na vanguarda ao promover este selo”, afirmou Leandre Dal Ponte.

SELO – Os critérios para adesão foram definidos pelo Instituto Nós Por Elas. Ao todo, são 14 itens que podem ser analisados pela certificadora para definir o nível de comprometimento à causa da prevenção e do combate à violência contra a mulher. A avaliação do cumprimento dos requisitos é certificada pela ABNT

Entre os critérios estão a promoção de ações educativas com os funcionários, a capacitação de colaboradores para que saibam receber e encaminhar denúncias, adoção de regras de compliance e bancos de talento específico para vítimas de violência doméstica. Os 14 critérios podem ser verificados no site do Instituto Nós Por Elas.

“A adesão pode acontecer de maneira gradativa. A empresa pode ver, primeiro, quais são os requisitos que ela já cumpre. Depois, ver quais ela consegue desenvolver a curto prazo para, na sequência, traçar um plano para cumprir os outros requisitos a longo prazo, por isso a certificação tem diferentes níveis”, explicou a presidente do Instituto Nos Por Elas, Natalie Alves.

Com o selo, as empresas têm reconhecimento social por iniciativas focadas nas mulheres, principalmente por oferecer um bom ambiente de trabalho e por alinhar ações internas com a Agenda 2030 – ODS 5 – Igualdade de Gênero.

“As mulheres muitas vezes passam mais tempo no ambiente de trabalho do que em casa. Então o trabalho tem que ser um local onde ela possa se sentir segura para levar esse tipo de denúncia. Antigamente, se uma mulher sofria uma violência em casa e precisava faltar o trabalho, ela corria o risco de ser demitida. Hoje, a empresa pode ser um ponto focal para ajudá-la”, disse a presidente do instituto.

Atriz Luiza Brunet, fundadora do Instituto Nos Por Elas, é uma das embaixadoras do selo. Foto: Gabriel Rosa/AEN


COMPROMISSO – No Paraná, a inciativa também conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e, já no seu lançamento, recebeu a adesão de diversas entidades de classe, como Fecomércio, Sebrae, ACP, Fetranspar, Ocepar, Faciap, Faep e Fiep, que também assinaram o protocolo de intenções para fomentar o selo no Estado.

Na cerimônia, as concessionárias Tratorcase, Forza Máquinas e Agricase, da fabricante de máquinas agrícolas Case IH, também assinaram um outro protocolo de intenções com a Semipi para apoiar a iniciativa, se comprometendo a desenvolver projetos que promovam o enfrentamento às violências contra as mulheres, o empoderamento feminino, a igualdade de gênero e o empreendedorismo das mulheres no agronegócio.

“É fundamental que a sociedade como um todo esteja alinhada com o mesmo propósito, que é salvar mulheres. Os índices de violência contra a mulher mostram que esse é um crime que só cresce no Brasil, então isso mostra que é um problema que diz respeito a toda a sociedade, como governos, entidades e empresas”, afirmou a atriz Luiza Brunet, fundadora do Instituto Nos Por Elas.

PRESENÇAS – Estiveram presentes na cerimônia de lançamento do selo os secretários de Justiça e Cidadania, Santin Roveda; das Cidades, Camila Mileke Scucato; da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira; e do Turismo, Márcio Nunes; a controladora-Geral do Estado, Letícia Ferreira da Silva; o defensor-público-geral, Matheus Munhoz; o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss; o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado; o diretor-presidente do Ipem-PR, César Mello; as deputadas estaduais Cloara Pinheiro, Flavia Francischini, Mara Lima e Márcia Huçulak; os deputados estaduais Nelson Justus, Batatinha, Luis Corti e Artagão Júnior; o presidente da ABNT, Mario William Esper; o presidente do CREA-PR, Clodomir Luiz Ascari; o presidente do CONFEA, Vinicius Marchese; a presidente da OAB-PR, Marilena Winter; o presidente da Faep, Ágide Eduardo Meneguette; e demais autoridades.

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