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Pôr do sol alaranjado é sinônimo de poluição extrema? Entenda como onda de calor contribui para o fenômeno

Tempo muito seco faz com que as partículas de poluição se concentrem nas camadas mais baixas da atmosfera. A cor alaranjada e avermelhada está relacionada com a interação da luz com os poluentes.

05/09/2024 às 07h36
Por: Redação Fonte: G1
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Vista do pôr do sol em São Paulo no final de agosto. — Foto: Erika Inoue/Myphoto Press/Estadão Conteúdo
Vista do pôr do sol em São Paulo no final de agosto. — Foto: Erika Inoue/Myphoto Press/Estadão Conteúdo

Em meio a uma sequência de dias muito quentes, secos e sem quase nenhuma nuvem no céu, as cores do pôr do sol têm se destacado em diversas capitais pelo país. Apesar de ser ótimo cenário para fotos, o fenômeno está diretamente associado com a poluição.

 

Além disso, o bloqueio atmosférico que tem provocado a onda de calor duradoura que atua sobre o país também contribui para essa condição.

 

Isso porque, segundo a Climatempo, com a estabilidade da massa de ar seco, a poluição fica presa nas camadas mais baixas da atmosfera.

 

As partículas em suspensão contribuem para a alta concentração de poluentes, alteram a coloração do céu e espalham a luz do espectro alaranjado.


“A cor alaranjada e avermelhada está relacionada com a interação da luz com os poluentes que ficam concentrados na camada baixa da atmosfera, mais próxima da superfície”, explicou Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, em entrevista ao g1.


A principal explicação para esse show de cores é que as partículas de poeira facilitam a dispersão da cor azul e favorecem o destaque de outras cores no céu, como os tons alaranjados.


Além de alterar as cores do pôr do sol, a alta concentração de poluentes pode modificar também a cor da Lua. A mudança é reflexo da poluição e dos incêndios, que se multiplicam com o tempo mais seco.


Assim, quanto mais poluído o ar, mais vermelho é o tom da Lua. E quanto mais ao horizonte a Lua se encontrar, mais vermelha vai parecer, por conta do reflexo da luz nas partículas de poluição.

Mas o excesso de poluição também pode prejudicar a visibilidade, tanto do Sol quanto da Lua. A camada espessa de poluentes rouba o brilho e a intensidade do nascer do Sol.


É o que aconteceu nas cidades que amanheceram encobertas pela fumaça das queimadas nas últimas semanas, por exemplo.

Ainda que proporcionem belas cores no pôr do sol, o tempo seco e a poluição podem causar diversos problemas respiratórios.


Em dias com níveis preocupantes de baixa umidade do ar por causa da onda de calor, são recomendados os seguintes cuidados:

Beber bastante líquido;


Evitar desgaste físico nas horas mais secas;


Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.


Alívio breve no calor


Apesar da expectativa da onda de calor ser prolongar, com temperaturas elevadas até meados da segunda quinzena do próximo mês, algumas regiões podem ter um alívio bem breve no calor a partir dessa quinta.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) todos os estados do Sul, sudoeste de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul podem ter quedas de até 5ºC nas temperaturas entre quinta (5) e sexta (6).


As capitais do Sul são as que devem registrar as menores marcas. Em Porto Alegre, a mínima deve cair para 7°C na sexta. O mesmo está previsto para Curitiba.

Há previsão de geada para regiões do sudoeste do Rio Grande do Sul, com temperatura mínima de até 3°C e risco leve de perda de plantãções.

No Sudeste, as temperaturas devem cair também na sexta-feira. No Rio de Janeiro, a máxima não passa dos 25°C e, em São Paulo, dos 24°C.

Os meteorologistas lembram que o refresco será realmente momentâneo. Já no sábado (7) as temperaturas voltam a subir nessas regiões.

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