Em visita técnica realizada nesta segunda-feira (30), representantes de diversos países que estarão presentes nas reuniões do G20 e CEM/MI conheceram as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, incluindo os Mirantes Central e do Vertedouro, além da Unidade de Demonstração de Biogás e BioSyncrude, uma alternativa sintética ao petróleo. Esse evento antecede as reuniões sobre transição energética que serão realizadas em Foz do Iguaçu nos próximos dias, de 1º a 4 de outubro, nos hotéis Mabu e Bourbon.
Ricardo Gorini, líder do Programa REmap, da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), com sede em Bonn, na Alemanha, é responsável pelos estudos de cenários e roadmaps energéticos para a transição energética. Gorini representou o Brasil em vários fóruns internacionais, como Sherpa da Mission Innovation (MI) e da Clean Energy Ministerial (CEM), e coordenou o grupo de energia do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
“A Itaipu é um exemplo vivo da importância de projetos de energia renovável, especialmente hidrelétricos. A geração hidrelétrica não só é crucial por si só, mas também complementa outras fontes renováveis, como solar e eólica, fornecendo serviços que essas outras fontes não conseguem”, comentou Gorini.
Peter Kenuthia, especialista em energia da Comissão da União Africana, está no Brasil pela terceira vez. Representando o Quênia, Kenuthia participará da reunião do G20 e pretende comparecer à CEM/MI.
Durante a visita, Kenuthia expressou sua admiração. “É maravilhoso. Estou impressionado com os arranjos, as complexidades contratuais e legais envolvidas. Acho que é muito impressionante que os dois países tenham conseguido fazê-lo”, afirmou.
Benedetta Tirabassi, oficial da Comissão Europeia, está no Brasil para participar das reuniões da CEM/MI. Tirabassi, que coordena os esforços e relações bilaterais da Comissão Europeia na tecnologia de energia limpa, expressou sua admiração pela infraestrutura e organização da usina de Itaipu.
“Foi a primeira vez que visitei uma instalação assim. É muito bom ver uma companhia pública liderada por dois países e, ao mesmo tempo, com uma forma semelhante de pensar. Tudo está perfeitamente organizado. É impressionante a quantidade de produção de energia diária”, afirmou Tirabassi.
Ela destacou a importância da colaboração internacional na área de energia limpa e a parceria com o Brasil na Missão Inovação. “Estamos muito felizes em ser parceiros do Brasil na Missão Inovação. E estamos ansiosos para ver como podemos colaborar. Começa com as empresas, com os investimentos, e é assim que você consegue um nível de política mais alto, com um bom resultado”, explicou.
O chefe de Transições Setoriais Globais, Peter Dale, do Departamento de Segurança Energética e Emissões Líquidas Zero, da Inglaterra, já esteve no Brasil, mas essa é a primeira vez visitando a usina de Itaipu. “Eu sabia que é a terceira maior do mundo e esperava algo enorme, mas só quando você chega perto, realmente aprecia a escala, a estrutura e a engenharia. É incrível. Entrar na sala da turbina foi um momento de perceber que essa é provavelmente uma das maiores estruturas que já vi. Ver isso, com 50 anos de idade e gerando eletricidade, é fascinante”.
Durante a tarde, os visitantes fizeram o passeio para conhecer as Cataratas do Iguaçu.
Sobre a Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 3 bilhões de MWh. Nos últimos 12 meses, foi responsável por 10% do suprimento de eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.
Fotos: Sara Cheida.
Foto final 362: Líder do Programa REmap, da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Ricardo Gorini.
Foto final 377: Especialista em energia da Comissão da União Africana, Peter Kenuthia.
Foto final 387: Representante da Comissão Europeia, Benedetta Tirabassi.
Foto final 396: Chefe de Transições Setoriais Globais do Departamento de Segurança Energética e Emissões Líquidas Zero, da Inglaterra, Peter Dale.
Foto final: 30DM: Visita à Unidade de Demonstração de Biogás e BioSyncrude. Foto: Debora Martins/CIBIOgás
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