Representantes da Mission Innovation (MI), que realizou sua 9ª reunião durante esta semana no Hotel Bourbon, em Foz do Iguaçu (PR), visitaram a Itaipu Binacional na manhã desta sexta-feira (4). Na opinião dos visitantes, o que mais chamou a atenção foi ver como a cooperação internacional pode gerar energia renovável e desenvolvimento.
Criada em 2015, em paralelo ao Acordo de Paris, a Mission Innovation (MI) serve como plataforma intergovernamental para promoção da inovação em energias limpas por meio da cooperação entre governos, setores público e privado, investidores e academia. Reúne 22 países, incluindo o Brasil e a União Europeia.
“Depois de passar uma semana discutindo cooperação internacional e energia renovável, é incrível poder vir aqui e ver isso na prática”, afirmou Kirstin Janocha, chefe de Comunicação da MI. “Um aspecto importante também é como isso é comunicado para os turistas do mundo inteiro que visitam Itaipu, e conhecem a importância da hidroeletricidade e das ações sociais e ambientais”.
Para Thomas Rollason, líder do Setor Privado na MI, a visita foi “incrível”, por permitir ver de perto um grande projeto de infraestrutura que entrega tanta energia renovável. “O que estamos tentando fazer na MI é gerar energia limpa para todos. E a aqui a gente vê não só uma das maiores usinas do mundo, mas também uma pequena, mas com muito potencial”, afirmou, em referência à planta de biogás e biometano, que também fez parte do roteiro.
A Mission Innovation está organizada em diferentes “missões”, que são parcerias público-privadas atuando para aumentar a escala e diminuir os custos de soluções de energia limpa. Para Effie Klippan, líder das missões, Itaipu mostra na prática muitos dos temas que foram discutidos ao longo da semana na 9ª MI. “Há muito potencial para parcerias. Seria uma questão de estudar em quais áreas pode haver maior interesse.”
Ilina Stefanova, oficial de programa da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), se surpreendeu com a cooperação entre Brasil e Paraguai na gestão da usina. “São dois países, com fusos diferentes, frequências diferentes, línguas diferentes e tudo funciona. E ainda com responsabilidades e benefícios compartilhados, troca de experiências e know-how. Estou no negócio de energia há muito tempo e nunca vi nada parecido”, resumiu.
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