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Itaipu Binacional e Embrapa pedem apoio da comunidade para desenvolver pesquisa sobre solo

Coleta de amostras em campo será retomada no dia 14 de outubro; o resultado do estudo será divulgado e deve ajudar no manejo, conservação dos solos e da água e na elaboração de políticas públicas

09/10/2024 às 16h04
Por: Redação Fonte: Assessoria/Itaipu Binacional
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Fotos: Divulgação/Embrapa
Fotos: Divulgação/Embrapa

Pesquisadores da Itaipu Binacional e da Embrapa, devidamente identificados, precisam da colaboração dos produtores rurais para adentrar propriedades particulares em diversos municípios do Mato Grosso do Sul, a partir do dia 14 de outubro. 

 

 

A iniciativa faz parte do Programa Ação Integrada de Solo e Água (AISA), uma parceria da Embrapa, Itaipu Binacional, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Os técnicos estarão com veículos identificados e crachás das empresas participantes do estudo, com a logomarca do AISA. Com o apoio de produtores, a pesquisa já passou por 89 propriedades, descrevendo 89 perfis de solos. Futuramente, os resultados serão divulgados à sociedade. 

 

 

A permissão para acesso às áreas de produtores é essencial para que as equipes técnicas continuem o estudo em campo sobre solos da região, iniciado no ano passado. O projeto busca entender como os solos armazenam água da chuva, beneficiando tanto a produtividade das plantações quanto a preservação dos rios e nascentes que abastecem reservatórios, como o da usina de Itaipu. 

 

 

Nesta etapa, entre 14 e 25 de outubro, as visitas começarão pelos municípios de Juti, Naviraí, Itaquiraí e Novo Horizonte do Sul. Também estão no escopo do estudo: Amambai, Angélica, Aral Moreira, Batayporã, Caarapó, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Douradina, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Iguatemi, Itaporã, Ivinhema, Japorã, Jateí, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paranhos, Ponta Porã, Rio Brilhante, Sete Quedas, Sidrolândia, Tacuru, Taquarussu e Vicentina.

 

 

Do campo para o produtor

 

 

O trabalho irá subsidiar a criação de um Mapa de Solos (em escala 1:100.000) e de um Mapa do Potencial Natural de Erosão dos Solos. Serão gerados dados sobre a infiltração e a condutividade hidráulica de água no solo, qualidade física do solo (densidade, porosidade, retenção de água, entre outros) e fertilidade química (teores de nutrientes pH, cálcio, magnésio, potássio, fósforo, matéria orgânica, entre outros).

 

 

As equipes técnicas estão preparadas, mas precisam da autorização dos proprietários para avançar com o trabalho. Ao permitir o acesso, os produtores rurais estarão contribuindo para o avanço da ciência e se beneficiando com novas tecnologias que aumentarão a produtividade e a sustentabilidade das suas propriedades.

 

 

“Num futuro próximo, esse estudo permitirá que os produtores aprimorem a qualidade do manejo e da conservação de solos e água”, destacou o engenheiro agrônomo, Dr. Hudson Lissoni Leonardo, da Divisão de Apoio Operacional da Itaipu Binacional. “O poder público terá acesso a informações que poderão embasar políticas de apoio à agropecuária e à conservação ambiental”, completou.

 

 

A área de estudo é drenada pelos rios Ivinhema, Amambai e Iguatemi, importantes afluentes do reservatório de Itaipu. “Os resultados dessa pesquisa serão fundamentais para melhorar a qualidade dos sistemas de produção no estado e aprimorar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC)”, destacou Rafael Zanoni Fontes, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados (MS). Ele acrescentou que o estudo também contribuirá com inovações na mitigação e prevenção da degradação dos solos e da água, por meio da adoção de sistemas conservacionistas de produção agrícola, pecuária e florestal.

 

 

A coleta envolve a escavação de uma trincheira, onde serão descritas e coletadas amostras do solo. Ao redor da trincheira, também serão avaliadas a infiltração e a condutividade hidráulica da água no solo, um trabalho que deve durar cerca de seis horas. Ao final, a trincheira será preenchida novamente com o material escavado. Em outros casos, o processo é mais rápido e simples, com a coleta feita por meio de trados, um instrumento de aço usado em perfurações.

 

 

Participe dessa iniciativa! Abra as portas para a ciência e contribua com o futuro da agropecuária sustentável. Autorize o acesso à sua propriedade e ajude a garantir um manejo mais eficiente de solos e água, fortalecendo a produção e preservando o meio ambiente. Juntos, podemos transformar conhecimento em soluções. Em caso de dúvidas, consulte a página https://www.embrapa.br/aisa-projeto-726.

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