A NASA deu um novo salto na exploração espacial. Um avanço tecnológico promete revolucionar a maneira como as missões espaciais se comunicam a longa distância.
Neste verão, um teste bem-sucedido com a sonda Psique permitiu o envio de um sinal a laser em uma distância recorde, marcando um ponto de virada para as futuras missões interplanetárias.
A comunicação espacial tradicionalmente depende de frequências de rádio. No entanto, os lasers oferecem uma capacidade de transmissão de dados até cem vezes superior, revolucionando assim a troca de dados com missões espaciais.
No mês passado, revelamos a você neste artigo o projeto Australiano "TeraNet", que visa criar uma rede a laser para desenvolver comunicações espaciais ultrarrápidas. Hoje, apresentamos um teste realizado pela NASA. Esse teste foi conduzido com a sonda Psique, equipada com um transmissor-receptor a laser, projetado para se comunicar em distâncias sem precedentes.
Duas estações terrestres, uma no Observatório Palomar e outra em Table Mountain, permitiram testar essa comunicação a laser. Essas estações estão equipadas com um laser de sete quilowatts. A primeira serve como estação de recepção enquanto a segunda envia sinais para a sonda.
A precisão e a eficiência desta técnica impressionaram os pesquisadores. No ano passado, já falamos neste artigo que essa sonda já havia conseguido transmitir um vídeo por streaming para a Terra, a uma distância de 31 milhões de quilômetros. Mais recentemente, um segundo teste permitiu a comunicação com a Terra a uma distância de 53 milhões de quilômetros, com uma taxa de transferência de 267 megabits por segundo, demonstrando a superioridade dos lasers sobre os sistemas de rádio.
Mais impressionante ainda: mesmo em distâncias maiores, o desempenho permaneceu excelente. Em junho de 2024, a 390 milhões de quilômetros da Terra (ou 2,5 vezes a distância Terra-Sol), Psique manteve uma taxa de transferência estável de 6,25 megabits por segundo. Já em julho de 2024, a NASA confirmou um novo recorde ao enviar um sinal a uma distância de 460 milhões de quilômetros. Esse desempenho abre caminho para missões mais ambiciosas no futuro.
Esse avanço nas comunicações espaciais, marcado pelo uso de sinais a laser em distâncias sem precedentes, promete revolucionar as futuras missões de exploração. Graças a esses progressos, a troca de dados em alta velocidade se torna viável, permitindo melhorar consideravelmente as comunicações entre a Terra e naves espaciais localizadas a centenas de milhões de quilômetros.
Uma nova era de descobertas interplanetárias parece agora ao alcance, abrindo caminho para missões mais ambiciosas, especialmente em direção a Marte e além.
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