A criação do Núcleo de Cooperação Socioambiental no Sul do Mato Grosso do Sul, formalizada nesta sexta-feira (25), reuniu quase 100 pessoas representando 39 instituições comprometidas a atuar em rede para enfrentar desafios prioritários do território.
O encontro foi realizado em Dourados (MS), no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), que cedeu o espaço para o evento e aderiu à iniciativa do Programa Mais que Energia, por meio da Itaipu Binacional e do Itaipu Parquetec. “Acredito que este é um momento histórico para a universidade”, afirmou Erika Kaneta, pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da UEMS, que representou a Reitoria. “Temos realizado muitos projetos pontuais, mas essa ideia de fortalecer um trabalho em rede, que abre espaço para o diálogo e ações conjuntas, é fundamental. Isso nos torna mais fortes.”
O diretor de Coordenação de Itaipu, Carlos Carboni, participou da abertura do evento, que contou com a presença de 88 pessoas. Com este encontro, o número total de entidades aderentes aos núcleos chegou a 755, somando Paraná e sul do Mato Grosso do Sul. Quase 1.500 pessoas participaram dos 15 encontros - em Curitiba, foram formados dois núcleos simultaneamente.
Para além dos números positivos de adesão, Carboni destacou a relevância da diversidade de instituições que, juntas, podem propor soluções coletivas para problemas sociais, ambientais e econômicos. “Não temos uma receita pronta. Por isso, a composição dos núcleos é feita por quem realmente conhece o território”, explicou o diretor. Neste contexto, a Itaipu e o Itaipu Parquetec vêm como parceiros neste processo, atuando como instituições âncoras.
Após a abertura, os representantes das instituições participaram de uma oficina de diagnóstico territorial, conduzida pelo consultor Luis Ferraro. Os resultados foram apresentados no período da tarde e destacaram temas como resíduos sólidos, conservação de solo e água, desigualdade e vulnerabilidade social, habitação, desemprego e qualificação profissional, baixa diversidade econômica e cadeias de valor.
Morador de Fátima do Sul, o professor aposentado, teólogo e filósofo José Geraldo da Rocha reforçou a relevância da interdisciplinaridade na busca de soluções para problemas que afetam “uma sociedade ampla, plural e diversa”. Para ele, a questão ambiental deve ser articulada com a participação de diversos atores, incluindo gestores públicos, empresários e a sociedade civil. “Aí você vê a grandeza do que a Itaipu está fazendo, ao oferecer a oportunidade de sentarmos, planejarmos e executarmos juntos tudo aquilo que vislumbramos como uma saída para um outro tipo de sociedade”, disse. “Temos que refletir qual é o projeto de desenvolvimento que nós desejamos à região. Aguçar a consciência sobre problemas como o que temos aqui, que é o desmatamento”.
Na avaliação do prefeito de Deodápolis, Valdir Luís Sartor, os impactos econômicos precisam ser considerados conjuntamente com as questões ambientais. “A natureza é uma das vítimas dos desequilíbrios ambientais e as populações mais vulneráveis acabam sofrendo também”, afirmou.
A formalização dos 20 Núcleos de Cooperação Socioambiental começou em 11 de setembro. As próximas serão no mês de novembro no Paraná, nos municípios de Umuarama (dia 5), Cianorte (6), Paraíso do Norte (7) e Maringá (8).
Governança Participativa
Os Núcleos de Cooperação Socioambiental vão atuar em 434 municípios do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Itaipu Binacional e do Itaipu Parquetec está alinhada às políticas públicas do Governo Federal.
A metodologia está baseada na governança participativa e no conceito do impacto coletivo, abordagens que incentivam o compartilhamento de experiências e recursos entre os participantes, em benefício um desenvolvimento regional mais sustentável e colaborativo. Saiba mais sobre o tema em www.itaipu.gov.br.
Auditório da UEMS. Foto: Foto: Eduarda Rosa/UEMS
Crédito das demais fotos: Fabio Renovato/Itaipu Binacional
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