A Itaipu Binacional é um dos destaques da programação da conferência South America Water from Space IV, que ocorre de 29 de outubro a 2 de novembro, em Belém (PA), na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento tem como objetivo mostrar os avanços científicos, instrumentos e metodologias de última geração desenvolvidos para analisar o ciclo da água. O nome da encontro faz uma referência ao tipo de monitoramento utilizado, por meio de satélites, há mais de 800 km de altura.

O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, discursou na abertura do evento e destacou a importância da discussão de um tema considerado crucial para o futuro do planeta, a gestão da água, ressaltando a responsabilidade que a Usina tem com esse que é um dos principais ativos da empresa.

“A água está no centro do nosso negócio, ela é a matéria-prima da energia que abastece milhões de brasileiros e paraguaios. Há anos Itaipu já estudava os cursos d’água que formam nosso reservatório, o sétimo maior do Brasil. Continuamos esse trabalho hoje com o apoio de tecnologias avançadas, sistemas de monitoramento e a atuação dedicada de nossos profissionais, complementados pelas atividades do Itaipu Parquetec, o parque tecnológico instalado dentro da usina. Atualmente, utilizamos geotecnologias para informações espaciais, aplicadas ao monitoramento, planejamento e tomada de decisões estratégicas para a segurança hídrica e o desenvolvimento territorial”, disse Carboni.

De acordo com o diretor, a Binacional é exemplo quando o assunto é monitoramento e incentivo a preservação da água. Desde 2003, a proteção ambiental e dos cursos d'água faz parte também da missão da Itaipu, para além da geração de energia, atividade-fim da hidrelétrica. Esse foco no desenvolvimento socioambiental levou a empresa a ser reconhecida pelas Organizações das Nações Unidas, a ONU, como melhor programa de gestão das águas do planeta. Em 2015, recebemos da ONU o prêmio Água para a Vida.

O evento

A organização da conferência South America Water from Space IV acolheu trabalhos com foco nas aplicações de sensoriamento remoto para investigar questões de gestão de água, descarga líquida e sólida em rios, riscos hidro meteorológicos, precipitação e criosfera, níveis de água e águas superficiais, lagos, rios e pântanos, evapotranspiração e umidade do solo, irrigação, inundações e secas, modelagem do ciclo da água, entre outros.

Também serão apresentados resultados da missão SWOT (Surface Water and Ocean Topography), que é uma espécie de altímetro por satélite desenvolvido e operado em parceria pela Agência Espacial Americana (NASA), Agência Espacial Francesa (CSA) e a Agência Espacial do Reino Unido (UKSA). Lançado em dezembro de 2022, tem como objetivo fazer o primeiro levantamento global da água na superfície da Terra, observar os detalhes da topografia da superfície do oceano e medir como os corpos d’agua mudam ao longo do tempo.

Dados da missão SWOT serão utilizados por empregados da Divisão de Hidrologia da Itaipu Binacional para uma apresentação durante o evento. O tema será “Aplicação da altimetria por satélite SWOT para monitoramento do nível d’água no Reservatório da Itaipu” e será ministrada pelo engenheiro Luiz Henrique Maldonado e o técnico Pablo Souza dos Santos.

Além dessa apresentação, Maldonado faz parte da comissão organizadora do evento e vai apoiar uma prática de campo que será realizada no sábado (2), com medições hidrológicas em rios no entorno de Belém – Pará, ressaltando assim a importância e respeito que a Itaipu tem nos assuntos relacionados a estudos hidrológicos.

Diretor Carlos Carboni na abertura da conferência. Crédito: Luiz Henrique Maldonado/Itaipu

Equipe de Itaipu na South America Water from Space IV. Crédito: Luciano da Silva Inácio/Itaipu

Imagem geral da abertura da conferência. Crédito: captura de vídeo.

Sobre a Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 3 bilhões de MWh. Em 2023, foi responsável por cerca de 10% do suprimento de eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.