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Celebração binacional marca os 50 anos da Segurança Empresarial de Itaipu

Evento que celebrou uma história que une Brasil e Paraguai na mesma missão de proteger vidas, cuidar do meio ambiente e salvaguardar o patrimônio físico da Usina ocorreu nesta quarta-feira (30)

30/10/2024 às 16h20
Por: Redação Fonte: Assessoria/Itaipu Binacional
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Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional

Cerca de 400 pessoas, entre empregados(as), diretores, aposentados(as), estagiários(as) e autoridades ligadas às forças de segurança do Brasil e do Paraguai participaram nesta quarta-feira (30), pela manhã, da celebração oficial dos 50 anos de criação da Segurança Empresarial de Itaipu, de ambas as margens, comemorado no dia 3 deste mês.

 

 

A história da área de segurança de Itaipu está diretamente ligada à da megaconstrução da usina. Ela foi criada cinco meses depois de ser fundada a Itaipu Binacional e apenas três meses antes do início das obras, em janeiro de 1975. Uma história que une os dois países na mesma missão de proteger vidas, cuidar do meio ambiente e salvaguardar o patrimônio físico da Usina.

 

 

O evento aconteceu no Centro de Convenções Itaipu Róga, em Hernandárias, no lado paraguaio da Binacional. A solenidade teve início com a recepção do público pelo Coral de Itaipu, seguida da execução dos hinos nacionais do Brasil e do Paraguai, acompanhada da Banda do Exército Paraguaio, e exibição de dois vídeos, feitos pela Comunicação Social de cada margem, sobre a trajetória da área.

 

 

Fuscas e Kombi

 

 

No lado de fora, os dois fusquinhas temáticos marrom-glacê, a Kombi Valente e um quadriciclo da época, além de um memorial histórico da Segurança, atraíam a atenção dos(as) convidados(as), que prestigiaram em peso a solenidade.

 

 

A Segurança Empresarial conta com 346 empregados(as) nas duas margens, 190 na paraguaia e outros 156 no lado brasileiro. Ela conta com apoio de uma rede de parcerias essenciais, que incluem tanto o público interno quanto externo, e que desempenham um papel crucial na manutenção do padrão de qualidade conquistado ao longo dos anos, em termos de segurança da estrutura crítica da empresa. A colaboração com as forças de segurança da União e do Estado, cada uma atuando dentro de sua competência constitucional, tem sido fundamental para o sucesso das operações de Itaipu.

 

 

Área estratégica

 

 

O diretor-geral brasileiro, Enio Verri, ressaltou que o nome Segurança Empresarial dá uma visão um pouco restrita do que a área representa. “A Itaipu é uma empresa de segurança nacional. É estratégica para os dois países sócios do empreendimento. Portanto, o trabalho que a Segurança Empresarial exerce é fundamental não só para a Usina, por tudo que ela faz, mas também pelo que representa para a região da Tríplice Fronteira e nossas parcerias com as forças de segurança que atuam, por meio de convênios com a empresa, também no combate do crime organizado, ajudando a proteger nossas reservas e patrimônio."

 

 

A parceria com as forças de segurança do Estado e do Governo Federal é fundamental para a proteção do reservatório da Itaipu e da área de segurança nacional que a usina representa. “A Itaipu Binacional, além de ser uma das maiores geradoras de energia do mundo, desempenha um papel crucial na economia e no desenvolvimento da região. Sua segurança é, portanto, uma prioridade que requer um esforço conjunto entre diferentes esferas de governo”, avaliou.

 

 

Parabenizando o marco do cinquentenário, Verri lembrou que a Usina só chegou aonde está com essa visão de conjunto. “Itaipu é uma empresa só, uma empresa que trabalha ombro a ombro e com os parceiros para cuidar do nosso patrimônio e garantir o bem-estar a toda a sociedade.”

 

 

O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, reforçou esse espírito de binacionalidade da Segurança Empresarial. “A Usina de Itaipu é um tesouro para o Brasil e o Paraguai e precisa ser cuidada levando em conta essa particularidade, que é ser binacional. Nosso trabalho vai muito além dos protocolos”, destacou.

 

 

Zacarías Irún lembrou das inúmeras parcerias envolvendo as Seguranças das duas margens em vários incidentes, como na atuação conjunta do Corpo de Bombeiros no combate a incêndios no Paraguai e na operação para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. “É uma atuação que orgulha a todos nós."

 

 

Participantes

 

 

Participaram da mesa de solenidade, além dos diretores-gerais do Brasil e do Paraguai, o diretor administrativo executivo, Justino Oscar Abrahan Caballero, o diretor administrativo, Iggor Gomes Rocha, o diretor técnico executivo, Renato Sacramento, e o diretor técnico, Hugo Osvaldo Zarate Chaves, o diretor financeiro executivo, André Pepitone, o diretor jurídico, Luiz Fernando Ferreira Delazari, e o diretor de Coordenação executivo, Julio Rodrigues Paredes Duarte. Também subiram ao palco os superintendentes de Segurança de ambas as margens, coronel Washington Alves da Rosa e almirante Hugo Milciades Scolari Pagliaro.

 

 

O secretário municipal de Segurança de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, um dos convidados para o evento, não pôde comparecer devido à fatalidade que se abateu sobre sua família – o falecimento da esposa, Debora Regina Engel Jahnke. Ela faleceu aos 54 anos, na terça-feira, 29 de outubro. Durante o evento, o diretor jurídico, Luiz Fernando Ferreira Delazari, pediu um minuto de silêncio em respeito ao momento de dor vivido pela família.

 

 

Mais atribuições

 

 

O diretor Iggor Gomes Rocha lembrou que, mesmo antes do início das obras da megausina, já existia a Segurança Empresarial. No começo, ela foi praticamente uma força para a segurança de todo o município e dos trabalhadores. “Hoje, a gente atua até mesmo na proteção ambiental. Então, ela acabou ganhando uma amplitude e virou uma superintendência, que dá apoio para toda a empresa, todas as diretorias.”

 

 

Segundo ele, o papel da Segurança Empresarial vai além de proteger o patrimônio físico e humano da Binacional. “Estamos falando desde cibersegurança, passando por inteligência e logística e proteção do setor elétrico.”

 

 

Para o coronel Washington Alves da Rosa, os 50 anos da Segurança Empresarial representam um marco significativo na história da Itaipu Binacional. “Ao longo dessas cinco décadas, homens e mulheres dedicados têm se destacado na construção e manutenção da segurança da Itaipu. Eles foram os verdadeiros guardiões, que assumiram a responsabilidade de proteger não apenas as instalações, mas, principalmente, as vidas das milhares de pessoas que, em algum momento, contribuíram para o grande projeto, que é a usina.”

 

 

A construção de Itaipu foi um empreendimento, envolvendo milhares de trabalhadores e superando desafios técnicos imensos. No auge da construção, cerca de 40 mil operários trabalhavam na obra, transformando a pequena cidade de Foz do Iguaçu, que viu sua população crescer de cerca de 33 mil habitantes para 136 mil em apenas dez anos.

 

 

“Compromisso e confiança”

 

 

De acordo com o coronel, hoje, a equipe de Segurança Empresarial da Margem Esquerda é formada por 150 dedicados profissionais, mulheres e homens, que mesmo atuando muitas vezes no anonimato de seus postos, desempenham um papel essencial na garantia da segurança e na continuidade das operações da Itaipu, sempre prontos para agir em situações críticas. Ele agradeceu a todas as diretorias pelo sucesso dessa trajetória.

 

 

Para o almirante Hugo Milciades Scolari Pagliaro, superintendente da Segurança Empresarial do Paraguai, é um grande orgulho fazer parte desse momento, no qual a presença de ambos os diretores gerais mostra o compromisso e a confiança que eles depositam no trabalho do setor. “É uma honra ter grande parte dos empregados da área para essa celebração. Que possamos comemorar este aniversário juntos e com muita felicidade, coordenação e cooperação.”

 

 

Homenagens

 

 

Durante o evento, autoridades brasileiras e paraguaias ligadas à Segurança Empresarial foram homenageadas. Pela margem brasileira receberam certificado o comandante da Capitania Fluvial do Paraná, o capitão de Fragata Uanderson Simonin Lauriano da Silva; o comandante do 34º batalhão de Infantaria Mecanizada, coronel Felipe Rimolo Cosendey; o chefe do Nepom em Foz do Iguaçu, Augusto da Cruz Rodrigues; o major Marcos Antonio Ferreira Pereira, representando o 9º Batalhão de Bombeiros Militar do Paraná; o comandante do Batalhão de Polícia de Fronteira, major Divonsir de Oliveira Santos; o comandante da 5ª Companhia da Polícia Ambiental do Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Força Verde, capitão Raphael Bastos Belache; e o diretor da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, Marcelo Yarid Enrique.

 

 

Já pela margem paraguaia foram homenageados o comandante interino da Terceira Divisão de Infantaria, coronel diplomado de Estado Maior, Pedro Rolando Martinez Campuzo; o  comandante do Destacamento Naval, capitão diplomado de Estado Maior, Pablo Francisco Barros Pereira; o comandante do destacamento Naval de Salto del Guairá, capitão diplomado Jorge David Maldonado Larooza; e o comandante do Grupo Aerostático, tenente coronel diplomado do Estado Maior, Fabio Crispín Candia Melgarejo.

 

 

Aposentados

 

 

Um grupo de aposentados que fez parte dessa longa trajetória Segurança Empresarial também recebeu homenagens. Pela margem esquerda, foram agraciados com a honraria os aposentados Luiz Garcia (administrativo), o bombeiro Ademar Lenzi e o agente de segurança João da Cunha Quaresma Netto. Da ativa, receberam um certificado e uma réplica do fusquinha marrom glacê os empregados Gabriel Antônio de Campos Neto, Márcio Rodrigues Marquetto Maurício e a empregada Cristiana Gianluppi da Silva. Do lado paraguaio, Digno Alfredo Martínez Gaona, Luis Alberto Soto Chena e Juan Ramón Gómez López.

 

 

Cristiana Gianluppi da Silva disse que só ficou sabendo da homenagem durante o evento. “Fiquei muito surpresa e muito feliz, muito feliz mesmo”, afirmou. Ela afirmou estar honrada, por representar todo o setor de Segurança da margem brasileira. “É muito reconhecimento, é realização, muita satisfação.”

 

 

Luiz Garcia também considerou a homenagem “gratificante”, ainda mais por “ver todo o pessoal que outra hora trabalhou conosco. Nos traz muita lembrança agradável, isso não tem o que pague”. Um dos fuscas expostos pertence a ele, que teve essa ideia “para manter viva a história da segurança”.

 

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