Quinze bancos de leite humano do Paraná vão receber R$ 900 mil para qualificação dos serviços prestados referentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro em 14 cidades. "Cada banco de leite receberá R$ 60 mil, em parcela única, referente aos últimos quatro meses de 2024", disse o deputado Zeca Dirceu (PT) em relação a portaria assinada nesta quinta-feira (7) pela ministra Nísia Trindade (Saúde).
Os recursos repassados aos fundos estadual e municipal de saúde vão atender os bancos de leite do Hospital da Providência (Apucarana), Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu), Universitário do Oeste (Cascavel), São Vicente de Paulo (Guarapuava), Dr. Jorge Nisiide (Toledo), Universitário de Ponta Grossa, Evangélico Mackenzie (Curitiba), Hospital do Trabalhador (Curitiba), Hospital de Clínicas da UFPR (Curitiba), Maria Lucília Monti Magalhães (Londrina), Universitário de Maringá, São Lucas (Pato Branco), Norospar (Umuarama), Santa Casa de Campo Mourão e Hospital e Maternidade São José dos Pinhais.
O Paraná tem 15 bancos de leite humano e 15 postos de coleta. Em 2023, mais de 11 mil bebês receberam 21.325 litros de leite doados. Estima-se que, a cada ano, 5,3 mil bebês prematuros ou de baixo peso nasçam no estado, o que corresponde a 11,2% do total de nascidos vivos. O número corresponde à média dos últimos três anos. "Somente no ano passado a rede de bancos de leite estadual coletou mais de 25 mil litros de leite humano, quantidade que atendeu mais de 16 mil bebês em todo estado", disse Zeca Dirceu.
Amamentação
Conforme a portaria da ministra Nísia Trindade, os recursos a serem transferidos totalizam R$ 13,8 milhões para 231 bancos de leite humano. "Os bebês internados nos hospitais que não podem ser amamentados pelas próprias mães recebem os benefícios da doação coletada por um banco de leite", explica o deputado.
Zeca Dirceu também destaca a importância da amamentação nos primeiros meses de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), seis milhões de vidas são salvas anualmente graças ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até os seis meses de idade.
Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de cinco anos em todo o mundo por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.
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