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9ª Marcha do Orgulho Crespo impulsiona mês da Consciência Negra em Curitiba

O movimento é parte das celebrações do mês da Consciência Negra.

11/11/2024 às 07h04 Atualizada em 11/11/2024 às 07h08
Por: Redação Fonte: Ana Paula Thomaz Pina
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

 

"O evento é para mostrar que nosso cabelo não é 'Bombril, a marcha é para mostrar que a educação antirracista deve ir além da escola", disse Diva Daiana, da diretoria do Bloco Afropretinhosidade.

Neste sábado (9) a 9ª Marcha do Orgulho Crespo, que reuniu cerca de 2 mil pessoas no centro da cidade. A marcha, organizada por diversos movimentos sociais e contando com a participação de parlamentares e do bloco Afropretinhosidade, é parte das celebrações do mês da Consciência Negra na cidade. Este ano, pela primeira vez, o 20 de novembro será feriado nacional, graças à lei aprovada recentemente no Congresso Nacional. 

Entre os participantes do evento, esteve a professora e socióloga Diva Daiana, suplente de vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que faz parte da diretoria do bloco Afropretinhosidade. Ela enalteceu o momento como essencial para a visibilidade da cultura negra em Curitiba. Com forte atuação no movimento antirracista, Diva também ganhou notoriedade recente ao acertar a previsão do tema da redação do ENEM, que abordou questões raciais. Para ela, a marcha e o ENEM revelam uma consciência social crescente sobre a importância de debater e valorizar as raízes e as lutas do povo negro no Brasil. "A marcha não é só um movimento, é uma forma toda população é uma ação de reivindicação e de orgulho da nossa história, da nossa cultura. Em Curitiba, que ainda sofre com apagamentos e invisibilizações, a gente leva nossa cor, nossa estética e nossa voz para as ruas, e mostra que estamos aqui, que nossa história importa", disse.

"Quando eu falei sobre a redação do ENEM com meus alunos, foi exatamente sobre essa necessidade de diálogo – a juventude precisa se reconhecer na história do Brasil, precisa ver que o racismo ainda está aqui, nas escolas, nos espaços públicos", completou. 

"O evento é pra mostrar que meu cabelo não é 'bombril'. A marcha é reforçar a lei 10.639 para mostrar que a educação antirracista vai além da escola. A professora também reiterou a presença de crianças negras e também brancas na marcha. "Esse evento me trouxe esperanças ao ver crianças negras e brancas dançando juntas ao som do Afropretinhosidade, para que em um futuro essas crianças não sejam os algozes e nem as vítimas do racismo", afirmou. 

A vereadora Giorgia Prates (PT), também presente no evento, reforçou a importância da marcha no combate ao racismo e na promoção da dignidade e autonomia da população negra em Curitiba. "A marcha é um movimento essencial para transformar o cenário local e combater a invisibilidade que atinge a população negra. É uma forma de ocuparmos as ruas e mostrarmos que nossa presença é significativa, que precisamos avançar em políticas públicas efetivas. Não se trata apenas de uma marcha, mas de dignidade e respeito", afimou a vereadora.

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