Com 75 anos de história, a Marcopolo é referência mundial no desenvolvimento de soluções de mobilidade. A empresa brasileira, com o passar das décadas, tem buscado inovar no que diz respeito aos produtos oferecidos no mercado, levando em consideração aspectos como qualidade, segurança e sustentabilidade.
A partir dessas premissas, a marca fortaleceu o seu comprometimento com a descarbonização dos sistemas de transportes de passageiros. Foi nesse contexto que surgiu o Attivi, veículo elétrico disponibilizado na versão integral, com chassi e carroceria da própria Marcopolo; e também feito em parceria com as principais montadoras do mundo. No primeiro semestre deste ano, foram entregues oito modelos para o mercado.
Totalmente produzido no Brasil, a versão integral consolida o desenvolvimento de uma solução nacional completa de mobilidade urbana sustentável, com configurações diferenciadas e adaptáveis, capazes de atender às condições de operação e durabilidade exigidas pelas operadoras brasileiras.
""Para nós é motivo de orgulho sermos responsáveis pelo desenvolvimento de um veículo eletrificado 100% brasileiro, que conta com a expertise da engenharia automotiva do país e alia a confiabilidade e segurança, que o mercado já tem na Marcopolo, aos mais modernos recursos tecnológicos”."Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais Mercado Interno e Marketing.
Na prática, os ônibus contam com itens fabricados por empresas nacionais, inclusive de baterias e componentes eletroeletrônicos. Além disso, possuem um conceito inovador, segundo Portolan, para o transporte coletivo urbano. “Isso envolve o projeto dos chassis, powertrain (motorização) elétrico e de todo o sistema de eletrificação e recarga, inclusive do software de gestão e gerenciamento de todas as funcionalidades”, explica.
Ele destaca, ainda, que a Marcopolo vem desenvolvendo novas tecnologias para oferecer ao mercado produtos e soluções sustentáveis de mobilidade. "Isso vai além da produção de carrocerias: abrange novas tecnologias, sistemas de mobilidade e novos modais. A empresa participa, há alguns anos, dos mais importantes projetos para produção de ônibus que utilizam combustíveis renováveis, como o gás natural, Hidrogênio e até Fuel Cell", conta.
Segundo Portolan, a companhia já desenvolveu cerca de 700 ônibus elétricos e híbridos, com chassis de parceiros, que estão em circulação em diversos países, como Colômbia, Chile, Argentina e Austrália, além do Brasil. Desde a sua fundação, a Marcopolo já produziu cerca de 500 mil veículos.
No que diz respeito aos ônibus elétricos, a Marcopolo possui capacidade para produzir cerca de mil veículos por ano em suas fábricas. No final de 2023, a empresa anunciou, inclusive, o investimento de R$ 50 milhões para criar um centro de desenvolvimento e produção de elétricos em São Mateus, no Espírito Santo.
Preservação ambiental
Portolan avalia que eletrificar e priorizar o transporte público permitirá às cidades brasileiras a redução da emissão de gases de efeito estufa, atingindo mais pessoas e integrando-as em uma nova economia. O executivo defende que, no caso da eletrificação da frota de ônibus, haverá um aumento da eficiência e da qualidade de vida da população, pois o ar ficará mais limpo, sem grandes emissões de poluentes.
“O padrão de conforto, segurança e comodidade dos ônibus elétricos vão incentivar a migração de parte dos usuários que hoje preferem utilizar o carro ou um transporte individual para o ônibus, reduzindo congestionamentos e o tempo gasto nos deslocamentos. O ônibus elétrico também contribui para a redução de ruídos, tornando melhor a experiência do passageiro”, diz.
Na visão do executivo, o setor de transporte, sobretudo o transporte de passageiros, tem papel fundamental na sustentabilidade e na preservação ambiental, com foco na descarbonização. Por essa razão, Portolan acredita que a indústria automotiva brasileira está passando por uma profunda transformação, com o desenvolvimento de veículos cada vez mais eficientes e sustentáveis.
“A eletrificação está em crescente no Brasil. As cidades estão se organizando para a implantação de uma frota significativa de ônibus elétricos e um longo caminho precisa ser percorrido para que o ônibus elétrico seja viável em muitos municípios. A indústria precisa trabalhar em harmonia com as entidades para a definição de parâmetros regulatórios para essa nova realidade, além de estar preparada para atender a futura demanda e necessidades das cidades e das operadoras de transporte coletivo”, comenta.
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