Fortalecer a conexão entre ciência e mercado com metodologias e estratégias para potencializar o impacto das pesquisas acadêmicas. Esse é o objetivo de um workshop sobre transferência, validação e precificação de tecnologias promovido pelo Governo do Paraná, em Curitiba. O evento, que começou na quarta-feira (28), reúne cerca de 50 técnicos e gestores que atuam nos núcleos de inovação tecnológica de instituições de ensino e pesquisa, públicas e privadas. A programação termina nesta quinta-feira (29).
A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Fundação Araucária e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão responsável por conceder patentes e registrar outras modalidades de propriedade intelectual no Brasil. O Paraná tem articulado ações estratégicas para que os processos de comercialização de protótipos, softwares e outras tecnologias que resultem de pesquisas científicas sejam ágeis e eficientes.
Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, a realização desse workshop reforça o compromisso do Paraná em transformar conhecimento em desenvolvimento econômico.
“A Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná está alinhada ao setor produtivo, para que as soluções desenvolvidas nas universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica atendam demandas reais do mercado, impulsionando o avanço socioeconômico do Estado”, afirmou.
CONTEÚDO – Na etapa inicial do treinamento, os participantes conheceram a metodologia e os indicadores do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), que teve a primeira edição publicada pelo Inpi no ano passado. O documento aponta o desempenho dos estados e do Distrito Federal nas áreas de ciência, tecnologia e inovação (CTI), com base na metodologia do Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O Paraná figura em terceiro lugar no Ibid.
O conteúdo foi apresentado pela economista da Divisão de Inteligência de Mercado e Preços do Inpi, Katia Regina do Valle Freitas Pinto, que destacou o papel estratégico da valoração de tecnologia para impulsionar a transferência de conhecimento entre instituições de ensino, de pesquisa e empresas. “A precificação correta de ativos tecnológicos facilita a transferência de tecnologia ao definir parâmetros objetivos que incentivam a monetização da propriedade intelectual, acelerando a inserção no mercado e conversão em inovação”, disse a convidada.
Ela ressaltou a importância de eventos como esse workshop e a posição de destaque do Paraná no cenário nacional de inovação. “O Paraná é um expoente no índice de inovação e a experiência desse evento é fundamental para inspirar outros estados, pois entendemos que a propriedade intelectual vai além de um título, sendo um ativo que gera valor por meio da transferência de tecnologias”, salientou Katia.
A segunda parte do workshop aborda diretamente a valoração de tecnologias, ministrada pelo coordenador de Contratos de Tecnologia do Inpi, Bernardo Soares Teixeira Bemvindo. O treinamento capacita os participantes em técnicas avançadas de precificação de ativos tecnológicos, com o objetivo de fortalecer a gestão da propriedade intelectual, otimizar processos de transferência de tecnologia e ampliar o impacto da inovação no setor produtivo paranaense.