20°C 24°C
Marechal Cândido Rondon, PR
Publicidade

A vida e as mudanças

A importância de cultivar a felicidade interior.

11/03/2024 às 07h27
Por: Redação Fonte: Cladesnei Estefânia Schneider
Compartilhe:
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Um dia você olhou diferente para aquele lugar. Aquela situação. Aquele lugar que você já conhecia. Aquele lugar que você passava todos os dias. Que você convivia. Estava agora tão mudado. Por quê? Por que agora te inquieta? É porque então, foi você que mudou. Algo em você despertou. De algum sono profundo. De indiferença ou imaturidade. Porque um dia você foi a outro lugar. Superior. Elevado. Levado por alguma situação. Que te fez diferente. Talvez menos. Talvez mais. E algo chamou a atenção. Porque você se importou. Seja na rua. Na natureza. Em casa. Qualquer que seja o motivo. O lugar. A situação. A pessoa. Ou alguma razão. Alguém olhou. Você olhou. E não olhou como sempre olha. E não passou como sempre passa. E não sentiu como sempre sente. E o que todo mundo sente. Alguma coisa mudou. Você olhou com os olhos do céu. Com olhos espirituais. Olhou com olhos que enxergam as dores do mundo. Olhou com mais atenção. E sentiu. Se colocou no lugar. Com empatia. Se incomodou. E se indignou com a situação. Um dia havia alguma coisa a mais dentro do seu sentimento. Uma tristeza muda. Reflexiva. Impotente. Que não muda se não fizer alguma coisa. Um transbordamento. De amor. De justiça. De paz. Um dia alguém saiu um pouco do seu lugar. Do seu problema. Do seu quadrado. Um dia alguém percebeu. E sentiu. Mais que só a sua dor. Veio um sentido diferente. Uma inquietação. Uma falta. Um vazio. De querer fazer mais. De simplesmente poder. E poder fazer e alcançar. Talvez até o impossível. De pode levar um sorriso para alguém. Dar uma mão. Levar um abraço.
 
É por causa das pessoas que se importam. Que ampliam o seu olhar. Que se importam com tantos outros. Que não são os seus. As pessoas que percebem os desajustes. As fomes. E os gritos das gentes. Que conseguem sentir os apertos. Os pedidos silenciosos. De quem já não tem mais voz. Do lado e de longe. E conseguem perceber as pedras nos sapatos. Que ficam escondidas e invisíveis para tanta gente. Mas que estão a desequilibrar o passo. A causar tropeço. O medo. O prejuízo. A causar tantas mortes. Da vida. E da qualidade de vida de tantas gentes. É por causa dessas pessoas. Que se levantam. Que se disponibilizam. Que o mundo ainda é um bom lugar pra morar.
 
Cladesnei Estefânia Schneider
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias