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Ela é mulher

Uma mulher de fibra

10/04/2024 às 14h40
Por: Redação Fonte: Cladesnei Estefânia Schneider
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Uma mulher reconhecida e respeitada reverbera nos seus, tudo aquilo que se torna.
Nos filhos. Na família. Na sociedade. E multiplica tudo aquilo que a eleva.
Ela reflete exatamente o que conseguiu conquistar e edificar. Somos a sua extensão.
Quando uma mulher está bem, outros também estarão. Quanto mais inteira.
Quanto mais valorizada. Mais serão seus feitos na família e na sociedade.
Se está feliz, ela propaga alegria. Se está completa, é instrumento de transformação.
Ela não guarda só para ela o que tem e o que é.
Ela sempre devolve muitas vezes multiplicado. Porque é de sua natureza gerar. Amor. Paz. Vida.
Ela torna tudo melhor. Mas só será na proporção do que recebe.
Na proporção da preservação da sua essência e identidade.
Feliz o homem, a sociedade que tem a sabedoria de investir e considerar a força e a capacidade da mulher. Todos serão abençoados. Feliz quem tem o privilégio de ter uma ao lado.
Uma mãe, uma filha, uma vó. Somos pessoas melhores porque tivemos uma mulher que não desistiu de nós.
Que acreditou e investiu. Que apesar de tantas limitações não admitiu se render nem desanimar.
Que apesar de tantos nãos, decidiu continuar. Estudar. Maternar. Projetar. Nunca foi fácil.
E talvez nunca será. Sempre será difícil para todas elas.
Para as avós, as mães, as filhas e netas. Somos o gênero feminino. Basta ser mulher. Já traz a marca que pede mais luta. Mais esforço. Mais determinação. Indiferente a sua capacidade.
É o gênero que já a desclassifica. Inclusive no meio dos seus. Inclusive até daqueles que dela saíram.
Apesar de diminuída e desvalorizada ela ainda acredita.
Que pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças. Por isso ela continua com fé.
E espera que um dia ela possa estar de igual para igual. No afeto. No apreço. Na dignidade.
No reconhecimento. No entendimento. Nas relações.
O dia da mulher sempre será uma lembrança do que poderia. Do que deveria ser.
E assim, todas elas, por um momento, saem por detrás das cortinas.
E tomam consciência do seu valor e ocupam o seu lugar.
O lugar que as definem quem são. Fortes. Hábeis. Únicas. Definem a sua essência.
Buscam a sua identidade. Porque elas costumam esquecer. Que podem. Que devem.
Esquecem o quanto são importantes. Pena que seja só nesse dia. Poderia ser em todos os outros.
Quem sabe um dia ela fique. E continue no seu lugar. De honra. Onde sempre deveria estar.
Cladesnei Estefânia Schneider
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