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Porque queremos ser justamente o que somos.

Pessoas são as extensão do lugar que vivem e que convivem.

19/04/2024 às 14h19
Por: Redação Fonte: Cladesnei Estefânia Schneider
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
A pessoa que vem armada, qual será a guerra que ela luta, briga e que tanto se defende? A pessoa que vem tão temerosa, qual será a dor, ofensa, o trauma, a humilhação que passou e guarda no coração? A pessoa que vem feliz, qual será o paraíso, a paz, o ingrediente que a faz sorrir?
As pessoas que vem, sempre vem de algum lugar, de algum deserto, de alguma guerra ou de algum paraíso. As pessoas como elas vem, a gente nem sempre sabe. A gente recebe elas aqui, no encontro, de como nós somos. Talvez frágeis ou introspectivos. Talvez alegres e receptivos. Grandes parte das vezes sem filtro e sem nenhuma proteção. Porque queremos ser justamente o que somos. E é aí que está a questão, de estranhamentos, mágoas, sustos e de querer se ofender ou atacar para se defender.
Pessoas são as extensão do lugar que vivem e que convivem. Da vida que aprenderam e se ajustaram.
Se carregam armas ou flores. Se fazem guerra, barulho, confusão ou edificam pontes, jardins e amores.
A gente não sabe o que vem e de onde vem, toda essa bagagem de tantas gentes que convivemos durante nossa vida. A gente só sabe que elas sempre virão, passarão ou ficarão, ali perto de nós e até dentro da nossa vida.
Então cada um terá que decidir, como lidar e administrar todas essas malas, temperos e surpresas.
A gente que escolhe se vai ou se fica, se se incomoda ou ignora. Se se importa ou vai embora. Se a gente conseguir viver, conviver ou fugir dessa realidade.
Se a gente se habilitasse na arte da empatia, da tolerância e do respeito, deixando o outro seguir e aprender no seu caminho, mesmo que e ainda que, o encontro seria mais suportável. E de tão suportável, aos poucos, existir a compreensão, depois a amizade. E com a convivência encontrar as qualidades que edificam um ou outro. Porque nas diferenças aprendemos um modo de sermos melhores.
Se a gente no encontro, não quisesse sempre puxar o outro para o nível do nosso olhar. Deixasse ele lá e nós cá, e ver o que juntos enxergamos bem, do mesmo lugar. Talvez ali, na concordância, seja então um lugar bom para tomar um chá em paz. Então daí, será início de boas e amigáveis conversas, num outro nível, o da maturidade.
Cladesnei Estefânia Schneider
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