O Brasil segue colhendo muitos frutos das políticas macroeconômicas do governo Lula. As medidas de ampliação do acesso ao crédito, por exemplo, levaram à recuperação da indústria automotiva, que voltou a investir no país, após retração verificada durante o governo passado. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas podem superar previsões em 2024.
A Anfavea registrou, em setembro, um recorde de 11,3 mil veículos vendidos por dia, em média, quase 14% a mais que o mesmo mês em 2023 e 4,3% acima do registrado em agosto. As médias diárias de outubro e novembro do ano passado foram de 10,4 mil e 10,6 mil unidades.
“O que aconteceu em setembro foi um crescimento considerável na média diária e isso pode mudar as projeções, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que nesta segunda-feira (6) apresentou dados do balanço do setor.
A perspectiva da entidade é de um crescimento de vendas de veículos de 10,9%. “Tem chance de superar a projeção”, afirmou o presidente da Anfavea ao site Uol.
Por trás dessa explosão nas vendas, estão também medidas adotadas pelo governo Lula para ampliar o acesso dos consumidores ao crédito, o que tem se refletido no aumento do consumo de bens e serviços.
O mês de setembro fechou com dois melhores índices da indústria automobilística dos últimos cinco anos. O país registrou a melhor média diária de emplacamentos e a produção de 736 mil veículos, de julho a setembro, foi a mais alta registrada em um trimestre desde 2019.
No acumulado do ano, produção e venda cresceram em relação ao mesmo período de 2023. A montagem de veículos apontou alta de 7%, com 1,8 milhão de unidades produzidas, e as vendas cresceram 14,1%.
Em relação a agosto, as vendas ficaram praticamente no mesmo nível, leve queda de 0,4% que se justifica porque setembro tem um dia a menos.
No mês de setembro foi registrado também aumento da produção e exportação em comparação ao mesmo mês de 2023. A Anfavea confirmou a montagem de 230 mil veículos, o que corresponde a 10,1% de crescimento. Foram exportados 41,6 mil veículos, aumento de 51,7%.
Se comparadas com agosto, as vendas de veículos ao exterior aumentaram 8,9%. No acumulado do ano houve queda de 12%, com 284,2 mil veículos exportados, se comparado com o mesmo período de 2023.
O terceiro trimestre foi melhor na comparação para exportações e importações. Foram vendidas 119 mil unidades contra 83 mil de abril a junho para outros países. As importações seguiram a tendência, com 124 mil unidades, número bem maior que os 90 mil no primeiro trimestre e 107 mil no segundo.
O balanço da Anfavea mostrou também a abertura de 600 vagas de trabalho foram abertas nas montadoras de veículos em setembro, totalizando 106,4 mil pessoas no setor.
Os sucessivos balanços positivos da Anfavea mostram a virada definitiva da página sombria da história recente do Brasil, com altas taxas de desemprego e montadoras em fuga do país.
Em abril deste ano, a Anfavea anunciou o maior ciclo de investimentos do setor no país, de R$ 125 bilhões até 2030. O presidente Lula atribuiu a boa notícia à volta da confiança das montadoras no Brasil e o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, expressou reconhecimento ao forte apoio do governo à indústria automotiva.
Com estabilidade e políticas para transformação energética através do programa Nova Indústria Brasil (NIB), o país se tornou o destino das principais montadoras de veículos para produção de carros híbridos e elétricos.
A Stellantis anunciou investimentos de R$ 30 bilhões (2025/2030), Volkswagen – R$ 16 bilhões (2022/2028); Toyota – R$ 11 bilhões (2024/2030); GWM – R$ 10 bilhões (2023/2032); General Motors – R$ 7 bilhões (2021/2028); Hyundai – R$ 5,45 bilhões (até 2032); Renault – R$ 5,1 bilhões (2021/2027); Caoa – R$ 4,5 bilhões (2021/2028); BYD – R$ 5,5 bilhões (2024/2030); Honda (R$ 4,2 bilhões), Nissan – R$ 2,8 bilhões (2023/2025) e BMW – R$ 500 milhões.
O programa Mobilidade Verde (Mover) atraiu o interesse das 12 montadoras por promover a expansão de investimentos em eficiência energética, incluir limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrar menos impostos de quem polui menos, com a criação do IPI Verde.
Da Redação
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