O deputado estadual Pedro Paulo Bazana (PSD) visitou, na manhã desta terça-feira, 02 de dezembro, a Fiocruz Paraná, para uma reunião de apresentação detalhada dos projetos e pesquisas conduzidos pela instituição na área de doenças raras, genética e saúde pública de precisão. A pauta incluiu a necessidade de ampliação de investimentos para que os estudos avancem e possam beneficiar um número ainda maior de pacientes do SUS.

Participaram da reunião o vice-presidente da Feapaes, Werther Fontes; a vice-diretora de Gestão, Lívia Linhares; a vice-diretora de Comunicação, Letusa Albrecht; a vice-diretora de Pesquisa, Tatiane Brasil; o diretor da Fiocruz Paraná, Fabiano Figueiredo; a assessora parlamentar Kelly Schiavinato; e o coordenador Fábio Passetti, responsável por apresentar o panorama técnico e científico da instituição. A Fiocruz Paraná reúne hoje 400 funcionários, 100 alunos de pós-graduação e 65 pesquisadores, atuando em diferentes áreas da ciência, inovação e saúde pública.

Durante a reunião, Passetti explicou o funcionamento das principais linhas de pesquisa, com destaque para os projetos que utilizam ferramentas avançadas de genômica clínica para diagnosticar doenças genéticas em pacientes do SUS. Ele relatou que a instituição conduz estudos com crianças internadas em UTIs Neonatais em oito hospitais do Paraná, grupo especialmente vulnerável, em que a identificação precisa de uma síndrome genética pode mudar completamente a conduta médica.

Segundo o coordenador, esse trabalho envolve coleta de material biológico, sequenciamento genético e análises computacionais complexas, feitas com rigor científico e direcionadas para apoiar decisões clínicas.

“Nosso objetivo é transformar um laboratório de excelência em pesquisa em um centro capaz de prestar serviços de genômica clínica para o SUS. Trabalhamos para identificar doenças raras e síndromes genéticas com precisão, oferecendo informações que podem mudar a conduta médica e salvar vidas, especialmente de crianças internadas em UTIs Neonatais”, afirmou Passetti.

Ele também detalhou iniciativas em andamento sobre autismo, estudos voltados ao mapeamento genético e a ampliação de investigações que buscam compreender a prevalência de doenças raras no Paraná. O coordenador reforçou que grande parte desses avanços depende de novos aportes de recursos e pediu apoio do deputado para apresentar as demandas à bancada federal do Paraná.

Comprometido com a defesa das pessoas com deficiência e com o avanço das políticas públicas voltadas às doenças raras, Bazana também apresentou sugestões para fortalecer o diálogo entre a ciência e as instituições especializadas.

“É importante que a Fiocruz aprofunde os estudos voltados à genética das pessoas autistas e que busque uma parceria direta com as APAEs e as escolas especializadas. Essas instituições acumulam um conhecimento enorme sobre síndromes e condições raras, e integrar esse banco de dados às pesquisas pode gerar diagnósticos mais precisos e beneficiar milhares de famílias no Paraná”, sugeriu o deputado.

A equipe da Fiocruz também destacou as parcerias já firmadas com o Governo do Estado, especialmente na área de diagnósticos laboratoriais que auxiliam profissionais no tratamento de casos complexos. Essas iniciativas têm impacto direto na qualidade de vida dos pacientes e no planejamento de políticas públicas voltadas à saúde.

Durante o encontro, o deputado Bazana ressaltou a importância de que os avanços científicos da Fiocruz Paraná tenham conexão com o trabalho cotidiano das APAEs e entidades coirmãs, que atendem milhares de pessoas com deficiências e condições que envolvem síndromes genéticas, atrasos no desenvolvimento e transtornos do neurodesenvolvimento. O parlamentar se colocou à disposição para fortalecer a articulação política em busca de mais investimentos.

“A Fiocruz Paraná realiza um trabalho extraordinário, que salva vidas e melhora o atendimento em todo o Estado. Vamos apoiar essa agenda e trabalhar para que as pesquisas continuem avançando, sempre com foco no fortalecimento do SUS e no atendimento especializado”, afirmou Bazana.